Indígenas recebem vacina contra a Covid-19 em Lajeado

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O capitão Jonas Gonçalves Fernandes / Crédito da foto: Maiara Rovêa / Divulgação

Com ansiedade e esperança, indígenas da comunidade Kaingang esperavam a vacinação contra a Covid-19. A comunidade que reside na Aldeia Foxá, no bairro Jardim do Cedro, recebeu a primeira dose de CoronaVac na tarde desta quinta-feira, 28/01.

A imunização foi feita pela equipe de profissionais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), formada pela enfermeira Carmen Rosa da Costa Soares, a médica Flávia Barata, a técnica de enfermagem Camilla da Cruz e a psicóloga Sabrina Dalla Vechia Scarabelot, em conjunto com as profissionais do Posto de Saúde do Jardim do Cedro. 

A psicóloga do Sesai que acompanhou o momento explicou aos indígenas a importância da vacinação.

– A vacinação é ainda mais importante para vocês que vivem em comunidade, porque imunizados vocês estarão protegendo não só a si mesmos, mas também as suas famílias – falou Sabrina.

O trabalho de conscientização e a explicação sobre a vacina foi feito pela agente de saúde, Jaqueline Vergueiro, que é indígena e reside na Aldeia.

– Eu faço visitas semanais, e em todas as visitas eu explicava sobre a vacina. Foi assim que passei todas as informações sobre esse dia para as famílias – contou Jaqueline. 

Para representar os indígenas, o primeiro a receber a vacina foi o capitão da comunidade, Jonas Gonçalves Fernandes, que já estava na expectativa de receber a imunização.

– Eu estava bem curioso e ansioso, e agora fico feliz de saber que estamos sendo vacinados – contou Fernandes. 

Logo depois de Jonas, a indígena Solange Nascimento recebeu a primeira dose. Emocionada, falou que a vacina representa esperança e proteção.

– Eu estava só esperando a vacina para poder visitar a minha mãe de 89 anos, que graças a Deus não pegou coronavírus. Agora, só tenho a agradecer – contou Solange. 

Os índígenas são um dos grupos prioritários para vacinação nesta primeira etapa porque são um grupo com proteção legal diferenciada em razão de terem sistema imunológico diferente, o acesso ao atendimento médico ser feito de visitas médicas periódicas na aldeia (diferentemente da comunidade em geral, que busca o atendimento nos postos) e pelo fato de que viverem em comunidade os torna mais suscetíveis a serem contaminados caso um membro ficasse doente).

Nesta quinta-feira, Lajeado chegou a 1.411 pessoas vacinadas.

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