36 anos do jornal feito para a comunidade

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Crédito da foto: Ana Luiza Käfer

O município de Teutônia e a microrregião possuem um jornal para registrar os fatos importantes, contar as histórias de sua gente, apontar desafios e ser porta-voz dos anseios das comunidades. Há 36 anos, a Folha Popular faz o papel de informar as cidades, com uma equipe jovem e dinâmica.

Em 1º de maio de 1985, no Dia do Trabalho, os jornalistas Valdir Inácio Schardong (em memória) e Deolí Gräff criaram a Folha de Teutônia, razão social mantida até hoje. O objetivo inicial do jornal era dar visibilidade aos acontecimentos do recém-emancipado município de Teutônia (1981).

Algumas das primeiras edições do jornal Folha de Teutônia, que deu origem ao jornal / Crédito da foto: Acervo FP

Depois dos primeiros anos, com avanços graduais e seguros, a Folha de Teutônia expande para a região. Em 1989, Valdir Schardong, Sílvio Brune e Arno von Mühlen resolveram unir esforços. Schardong estava com o jornal; Brune, von Mühlen e outros sócios possuíam a concessão de uma emissora de rádio. Na ocasião, deram origem ao Grupo Popular de Comunicação. No dia 1º de julho daquele ano entrou no ar, em caráter definitivo, a Rádio Popular FM, e o jornal passou a ter o título de Folha Popular.

Antes do advento da internet e dos meios digitais, o jornal chegou a atingir 50 cidades dos vales do Taquari, Rio Pardo, Caí e Serra gaúcha. Uma das passagens marcantes foi a eleição municipal de 1996, quando a POP Marketing & Consultoria (outra empresa do grupo) realizou pesquisa em Santa Cruz do Sul, publicada na Folha Popular. O resultado da pesquisa era diferente de outros institutos, mas foi a única a acertar o resultado daquele pleito na maior cidade dos Vales. O Grupo Popular mostrou sua personalidade.

No começo de tudo, fazer jornal exigia muita mão de obra. As fotos não eram digitais e não havia “espaço ilimitado” para clicar, precisava-se ser assertivo nas fotos, pois a maioria dos rolos de filme fotográfico tinha 24 ou até 36 poses. Algo que muitas gerações sequer conheceram. As fotos passavam pela revelação.

O texto era datilografado em máquina de escrever, em um papel específico (chamado lauda) para permitir a contagem de linhas e caracteres e estabelecer o cálculo da diagramação. Esta acontecia de maneira manual, com o “desenho” de um espelho em um papel do tamanho da página do jornal (A3 – tablóide).

No início, a colagem dos títulos era por letras e palavras. Os textos saíam em tiras dos computadores primitivos daquela época. Cada página era literalmente uma colagem, uma montagem. Depois, “fotografava-se” a dupla de páginas em uma máquina gigante, que dava origem a um “fotolito”, como se fosse um “negativo” (ao contrário) da foto.

Anos depois, a impressão laser permitiu a geração da página em formato “positivo”. A partir disso, o fotolito ou o laserfilm eram postos sobre uma chapa metálica, que tinha em um dos lados uma camada de produtos. Eram expostos à forte luz por alguns minutos para reproduzir a página na chapa. As partes que permaneciam eram cobertas de tinta para depois serem impressas no papel. O princípio permanece similar, mas, com evoluções técnicas.

Folha Popular funciona junto à sede do Grupo Popular de Comunicação, em Teutônia / Crédito da foto: Andrieli Magedanz / Arquivo FP

Se o processo de impressão teve avanços, com a impressão em parque gráfico e a implantação de um jornal 100% colorido, imagine o processo de construção da notícia (entrevista, foto, texto e publicação). Houve um avanço incrível, com a troca da máquina de escrever pelo computador, a diagramação eletrônica com softwares cada mais mais modernos, a possibilidade de trabalhar remotamente, a facilidade de pesquisa e a organização de arquivos. Tudo com o objetivo de manter o leitor o mais bem informado possível.

A parceria jornal e comunidade se mantém até hoje, com os laços ainda mais próximos pela interatividade oportunizada pelas redes sociais e canais de comunicação facilitados.

Para o futuro, como qualquer empresa, a Folha Popular terá que continuar se reinventando, inovando, trabalhando, buscando alternativas. O que não vai mudar é o compromisso com a comunidade, a responsabilidade de informar com seriedade e a dedicação de entregar o melhor possível a cada tempo.

Deoli (d) e Schardong fazendo a montagem do jornal em 1985 / Crédito da foto: Acervo FP

A perda do fundador

No dia 12 de outubro de 2016, a Folha Popular e o Grupo Popular perderam um dos seus precursores: Valdir Inácio Schardong, após cerca de 5 a 6 anos de luta contra um câncer de medula. A esposa Tânia e as filhas Cristiane e Carline ingressam na sociedade.

“Uma perda irreparável pelo que representava o Schardong para o nosso jornalismo, como fonte inesgotável de consulta e olhar crítico”, salienta a direção da empresa.

Muito além dos sócios, nos bastidores há um time de colaboradores que veste a camiseta incansavelmente para levar informação a todos, do entregador até os repórteres.

Responsabilidade

O que não muda no jornalismo, mesmo com todas as tecnologias disponíveis, é a capacidade do jornalista / repórter apurar os fatos, ouvir as diferentes versões, dar espaço ao contraponto. Ou seja, fazer um trabalho sério, imparcial e comprometido com a informação ao leitor.

Por isso, deslocamentos a campo são necessários, entrevistas são importantes, procurar fontes diferentes e especializadas, escrever com objetividade, … Alguns dos pré-requisitos que a nossa equipe incansavelmente – seja a hora que for, o dia da semana, o feriado – procura desempenhar para informar com a máxima precisão disponível.

Internet

Desde 2002, a Folha Popular possui um site de notícias na internet, com atualizações diárias sobre as principais informações da área de atuação. Hoje, o site folhapopular.info está sincronizado com o novo aplicativo e com as redes sociais para potencializar as notícias. Algumas delas, com acesso exclusivo para quem assina as plataformas.

Durante a pandemia do Coronavírus, o jornal continua cumprindo sua missão de informar com responsabilidade, credibilidade e profundidade. Além disso, a limitação de deslocamentos faz com que seja necessário usar da tecnologia para acelerar pautas, trabalhar de casa (home office) e ampliar contatos.

Novo aplicativo

Em março de 2020, nos primeiros dias de pandemia, e em comemoração aos 30 anos do Grupo Popular de Comunicação, foi lançado o novo aplicativo (Grupo Popular – iOS e Android). O app unifica as plataformas do grupo, com rádio ao vivo, áudios das entrevistas, notícias do site, versão digital do jornal, contato direto com a empresa por whatsapp, além de outras facilidades.

Responsabilidade social

O trabalho de informar, alertar e instigar a reflexão da comunidade já são atos de responsabilidade social da empresa. Todavia, ao longo da história existem diferentes iniciativas de retorno à sociedade.

E em abril de 2021, a Folha Popular apresentou mais uma ação de responsabilidade social. Pela primeira vez na história, o jornal lançou a modalidade de 2 anos de assinatura. A campanha “Eu Assino pela Vida” prevê a doação de 20% do valor para o Hospital Ouro Branco de Teutônia, como apoio à pandemia e às necessidades da instituição.

LINHA DO TEMPO

1985

– 1º de maio – início do jornal Folha de Teutônia, com circulação mensal

1986

– Circulação quinzenal do jornal

1987

– Primeiro sinal de regionalização do jornal com notícias de Estrela, município-mãe de Teutônia

– Circulação semanal do jornal

1988

– Folha de Teutônia passa a ser Folha de Teutônia Regional

1989

– Folha de Teutônia vai para sede própria e atual: Rua Major Bandeira

– 1º de junho: 1ª edição como Folha Popular

– 1º de julho: entra no ar em caráter definitivo a Rádio Popular FM

– Folha de Lajeado é adquirida

– Surge o Grupo Popular de Comunicação

1991

– Ampliada atuação da Folha Popular na Serra Gaúcha com sucursal em Garibaldi

1992

– Surge a POP Marketing & Consultoria – empresa de pesquisa do grupo

– Jornal circula com 2 edições semanais (quartas e sábados)

1993

– Implantado sistema laser de pré-impressão no jornal

– Folha Popular assume o jornal JV de Venâncio Aires e ingressa no Vale do Rio Pardo

1994

– Surge o Caderno de Esportes, uma inovação na região

– Jornal implanta gráfica própria

1996

– Pesquisa eleitoral de Santa Cruz firma a POP Marketing & Consultoria

1997

– Julho: nasce a revista Radar

1999

– Folha Popular chega a 1.000 edições impressas

2001

– Introdução das fotografias digitais com câmeras Sony Mavica

2002

– Durante a Festa de Maio, lançamento da primeira versão do site www.popularnet.com.br

2003

– Lançamento do jornal Folha da Noite (circulação segundas à noite), em formato diferente do tablóide

– Folha Popular passa a circular 3 vezes por semana (terças, quintas e sábados)

2006

– Introdução de reportagens especiais no jornal

2007

– Folha Popular chega a 2.000 edições impressas

2009

– Surgem os cadernos Inclusive, Ofertas e Publicações Legais, dentro da Folha Popular

2010

– Folha Popular completa 25 anos com Caderno Comemorativo

2011

– Folha Popular retoma a circulação com 2 edições semanais

2014

– 14 de julho: jornal passa a ser impresso no Grupo Sinos, em Novo Hamburgo. É desativada a gráfica própria do jornal

– Com a mudança de gráfica, jornal tem mudança de logomarca, layout, seções e diagramação

2015

– Maio: Folha Popular circula com Caderno Especial 30 anos

– Site www.popularnet.com.br passa para o www.folhapopular.info (portal de notícias) e tem a introdução do www.popular.fm.br (site da rádio)

2016

– Fevereiro: Folha Popular chega a 3.000 edições impressas

– 12 de outubro: falece o precursor da Folha Popular e do Grupo Popular, Valdir Inácio Schardong

2017

– Maio: Início da versão digital da Folha Popular para os assinantes, por meio da plataforma Maven (Porto Alegre)

– 10 de Junho: site www.folhapopular.info troca de plataforma própria para a plataforma WordPress

2019

– 2 de Julho: Caderno especial da Folha Popular conta a trajetória dos 30 anos do Grupo Popular

– Início do planejamento do App Grupo Popular, para unificar as plataformas

– 3 de setembro: mudança de logotipo, layout e diagramação do jornal Folha Popular

2020

– 23 de março: Grupo Popular lança aplicativo que unifica suas plataformas. É possível ler as notícias do site, ouvir novamente entrevistas da rádio, ouvir a rádio ao vivo, ler o jornal digital e muito mais

– 24 de março: Folha Popular disponibilizou edição somente digital por conta da pandemia

– Outubro: Lançamento do projeto “Estamos Juntos”

– 13 de novembro: caderno especial dos 65 anos da Cooperativa Languiru

– 24 de dezembro: publicação da primeira edição do Caderno Momento

2021

– 13 de fevereiro: caderno especial dos 65 anos da Certel

– 24 de março: caderno especial dos 25 anos de Westfália

– 24 de março: impressão do jornal passa para a gráfica do Grupo Gazeta, de Santa Cruz do Sul

– 15 de abril: campanha Eu Assino pela Vida

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