Na tarde da quinta-feira (8/7), a reivindicação das lactantes pela vacina contra Covid-19 alcançou um importante marco em nível nacional. O Projeto de Lei 2112/21 do Senado, que inclui gestantes, puérperas e lactantes como grupo prioritário, foi aprovado na Câmara dos Deputados. A matéria precisa ainda de sanção presidencial para entrar em vigor.
Gestantes e puérperas já compunham um grupo prioritário. A vacinação foi suspensa em virtude da morte de uma gestante, possivelmente associada à vacina AstraZeneca. Decisão que foi considerada equivocada já que o grupo tem risco aumentado de desenvolver formas graves da doença.
Já as lactantes passarão a integrar pela primeira vez um grupo prioritário. A mobilização se baseia em estudos que afirmam que os anticorpos contra Covid-19 são transportados pelo leite materno. Dessa maneira, uma única dose do imunizante protege duas pessoas. Proteção que pode ser multiplicada em casos de aleitamento de mais de um filho.
Em alguns municípios do Estado, como Campo Bom, São Leopoldo e Triunfo, lactantes já recebem a imunização. Em outros estados, como São Paulo, as mulheres passaram a integrar uma lista de espera para as sobras de vacina. Em Santa Catarina, o governador Carlos Moisés sancionou lei e tornou lactantes grupo prioritário.
Em Teutônia, um grupo de mulheres se mobilizou e procurou o secretário municipal de Saúde Juliano Körner. Ele informou que o Município segue o Plano Nacional de Imunização (PNI) e o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO). Segundo Körner, nenhum grupo fora deste cronograma pode receber legalmente o imunizante.