No fim da manhã desta sexta-feira (10/12), a Brigada Militar de Estrela prendeu uma mulher de 22 anos por sequestro e cárcere privado, lesão corporal e favorecimento à prostituição. Do estabelecimento foram libertadas oito mulheres e um homem que viviam em cárcere privado. A boate fica na Rua dos Marinheiros, foi interditada e multada pela Vigilância Sanitária pelas condições insalubres.
Três pessoas – o homem funcionário da copa de 19 anos e duas mulheres garotas de programa – precisaram de atendimento médico e permaneceram em observação no Hospital Estrela. As outras seis vítimas apresentavam ferimentos leves. As mulheres tinham entre 18 e 38 anos.
A mulher presa é companheira de um apenado, conhecido por ser proprietário da boate e gerente do tráfico na zona das boates da Rua dos Marinheiros, em Estrela.
A mulher responsável pelo estabelecimento foi presa. Todos foram conduzidos para exame de lesões e posteriormente à Delegacia de Polícia para depoimentos e esclarecimentos.
O estabelecimento onde as vítimas foram resgatas é conhecido por ser local de prostituição e traficância.
Idade das vítimas
Homem, funcionário da copa: 19 anos
Mulheres: 03 de 18 anos; 01 de 20 anos; 01 de 26 anos; 01 de 27 anos; 01 de 32 anos e 01 de 38 anos.
Mulheres pediam para não ficar
Quando os policiais chegaram no local, o funcionário da copa, rapaz de 19 anos, indicou onde as mulheres dormiam. As vítimas logo demonstraram querer sair de lá e disseram que o proprietário as proibia de sair, com ameaças e agressões. Inclusive, membros da facção eram designados para bater nelas.
No local havia indícios de agressões. Os policiais encontraram balde com sangue, manchas de sangue nas paredes e colchões sujos de fezes. A mulher presa confiscava os celulares para impedir que se comunicassem ou denunciassem a situação.
As vítimas contaram que eram impedidas de sair com o argumento de possuir dívida com o estabelecimento e precisariam se prostituir para quitar as dívidas.
Elas só falaram após muita insistência, quando ficaram isoladas. Aí relataram quem era a responsável pelo estabelecimento e quem as proibia de sair, mediante ameaças e agressões.
A mãe de uma das mulheres vítimas, de Porto Alegre, fez a denúncia para a Brigada Militar. A mãe não tinha contato com a filha e suspeitava dos fatos.