Univates reduziu toneladas de emissões de dióxido de carbono em 2021

Desde 2011 deixaram de ser lançadas 4.118,04 toneladas de CO2 na atmosfera pela Univates

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a Univates deixou de emitir, somente no ano de 2021, 646,23 toneladas de CO2, o que corresponde ao plantio de 4.614 árvores / Crédito: Nicole Morás

A Univates recebeu, na última semana, mais um certificado de uso de energia renovável que atesta que a energia adquirida em 2021 para o desenvolvimento das atividades no campus é proveniente de fontes renováveis (pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, eólica e solar).

Por meio dessa prática, a Univates contribui para o desenvolvimento de uma matriz energética mais sustentável, reduzindo a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE). Aplicando-se a metodologia estabelecida pelo Greenhouse Gas Protocol Corporate Standard (GHG Protocol), no período de janeiro a dezembro de 2021 o consumo de energia proveniente de fontes renováveis resultou na não geração de 646,23 toneladas de CO2. Conforme a publicação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 2021, a temperatura da superfície global vem aumentando a uma taxa sem precedentes, sendo inequívoco que o aquecimento observado foi impulsionado pelo aumento da concentração de GEE na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2).

Por ter consumo superior a 500 kw por mês (demanda contratada), a Fundação Univates pode fazer a compra de energia elétrica no mercado livre regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), não pelo mercado cativo operado pelas concessionárias. O gerente de Engenharia da Univates, Robledo Müller, explica que, com isso, a Instituição pode optar por fazer a compra de energias geradas obrigatoriamente em fontes renováveis. “O investimento na compra de energia gerada em fontes renováveis contribui para uma matriz energética mais sustentável no País e para a criação de um mercado cada vez mais cuidadoso em consumir produtos de origem ambientalmente correta. No período de 10 anos, entre 2011 ‒ quando começamos a utilizar a energia de fontes renováveis ‒ e 2021, deixamos de lançar 4.118,04 toneladas de CO2 na atmosfera”, ressalta.

O engenheiro ambiental da Fundação Univates, Gustavo Schäfer, esclarece que a redução de GEE é resultado direto da preocupação da Universidade em adquirir energia renovável no mercado livre de energia. “A neutralização do dióxido de carbono no ambiente ocorre naturalmente pelo crescimento das árvores, por meio do sequestro de carbono. Este é retirado da atmosfera e é fixado na biomassa da planta. Conforme o GHG Protocol, o montante de 646,23 toneladas de CO2, equivalente ao que a Univates deixou de emitir somente no ano de 2021, corresponde ao plantio de 4.614 árvores”, relata.

Schäfer acrescenta que a adoção dessas medidas, em conjunto com a geração de energia na usina solar instalada no Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates), a preocupação em manter áreas verdes, o uso de cisternas para o armazenamento de água da chuva e seu uso para irrigação, em sanitários e para limpeza, além da destinação adequada dos resíduos por meio do Ecovates, demonstram a responsabilidade da Fundação com o ambiente.

De acordo com o presidente da Fundação Univates, Ney José Lazzari, a certificação corrobora com outros resultados na área da sustentabilidade, como a classificação da Univates como a universidade mais sustentável do Sul do Brasil segundo o Green Metric, um ranking que tem como objetivo apresentar a situação atual e as políticas relacionadas ao conceito de Green Campus (Campus Verde) e à sustentabilidade nas universidades de todo o mundo.

Pesquisa em energias limpas e renováveis
Além do uso de tecnologias que geram energia limpa, a Universidade do Vale do Taquari (Univates) tem uma forte área de pesquisa sobre o assunto, liderada pelo pesquisador Odorico Konrad. O Centro de Pesquisa em Energias e Tecnologias Sustentáveis (CPETS) realiza pesquisas na área de energias renováveis, especificamente na geração de biogás por meio do processo de biodigestão anaeróbia. 

No CPETS, realizam-se avaliações em biogás em que são empregados como fonte de biomassas lodos e efluentes provenientes de Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs), resíduos sólidos urbanos, sobras de resíduos e subprodutos da indústria alimentícia, resíduos oriundos de atividades agrícolas, como dejetos de animais (bovinos, suínos, aves), silagem e demais resíduos orgânicos. A planta-piloto de biogás do CPETS, instalada ao lado do Ecovates, conta com biodigestores que recebem as sobras de resíduos dos trabalhos de pesquisa do Centro e alguns resíduos orgânicos gerados no campus. Neles, os resíduos são tratados anaerobicamente produzindo biogás e biofertilizante. O biogás gerado é utilizado pelo Ecovates na cozinha do setor como substituição ao GLP (gás liquefeito de petróleo) e o biofertilizante é diluído e utilizado no crescimento de gramíneas, fechando um ciclo completo de tratamento e reaproveitamento de subprodutos da biodigestão anaeróbia.

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