Defasagem hídrica passa de 400 milímetros em quatro meses em Estrela

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Sílvio Brune realizou uma análise pluviométrica a partir de dados coletados em seu sítio / Crédito: Divulgação

Não é de hoje que a falta de chuva traz prejuízos à população e ao ecossistema do planeta. Há três anos ocorrem significativos períodos de seca no Rio Grande do Sul. Estes acontecimentos afetam de forma direta e, também indireta, segmentos dependentes deste fenômeno natural.

Sílvio Brune, diretor do Grupo Popular, realizou uma análise pluviométrica a partir de dados coletados em seu sítio localizado no Morro Roncador, em Estrela, na divisa com Colinas. Na análise da média mensal de precipitação desde 2013 foi possível constatar a grande defasagem nas chuvas nos últimos meses. Comparando dados de novembro a fevereiro de cada ano, fazendo a média dos últimos oito anos, considerando o mesmo período, novembro a fevereiro, a defasagem deste momento em relação à média dos anos anteriores passa de 400 milímetros, ou seja, deveria ter chovido em média 100 milímetros a mais por mês.

Sílvio faz um relato também das questões observadas no espaço, que envolve a mudança de comportamento de animais, em busca de água e alimentos. “Os pássaros desesperados atrás de água. Nos morros, os urubus estabelecem seus ninhos, sua reprodução. Eles desceram os morros em busca de água. A biologia diz que urubu não come nada verde, que urubu é carnívoro. Pois podem crer, nessa região com falta de alimento, os urubus começaram a comer pasto verde. Os macacos também desceram desesperadamente buscando qualquer coisa”, ressalta.

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