Livro reúne história de imigrantes no Vale do Taquari

Iniciativa surgiu do projeto de extensão da Univates Veredas da Linguagem

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Imigrantes recebem aulas de português

A cada semana imigrantes se reúnem em uma sala de aula do Colégio Castelo Branco, em Lajeado. Atrás de cada classe, personagens com diferentes histórias, culturas e um objetivo em comum: o aprendizado da língua portuguesa. Uma rotina que se repete desde 2014, a partir de uma iniciativa do projeto de extensão da Univates Veredas da Linguagem.

Para dar visibilidade a essa interação com a comunidade de imigrantes do Vale do Taquari, o projeto lançou o livro “Grandes Encontros: Veredas”. “Trata-se de uma publicação com textos construídos por várias mãos, mãos de diferentes etnias, de diferentes culturas, de diferentes origens que convergem na escrita de trajetórias repletas de percalços, de expectativas por vezes frustradas, mas também de conquistas e alegrias”, explica a coordenadora das atividades, a professora Grasiela Kieling Bublitz.

Ao todo, são dez narrativas que contemplam veredas diferentes, trilhadas pelos imigrantes que participam ou participaram das aulas. Conforme Grasiela, cada um dos autores dialogou com algumas das famílias de imigrantes na busca de uma aproximação com a história de vida dos protagonistas. “Assim como nossos antepassados vieram para cá e conquistaram seu espaço, a gente tem um nova demanda hoje e a comunidade deve estar aberta a essa inserção”, afirma a professora.

A iniciativa foi viabilizada por meio de parceria entre a Universidade e a Secretaria de Cultura e Lazer de Lajeado. Até o final do ano, 500 exemplares devem ser disponibilizados na forma impressa. A partir daí, a obra passa a fazer parte do acervo das bibliotecas escolares municipais, tornando-se material de estudos para futuras pesquisas estudantis. Enquanto isso, a obra já pode ser conferida no site www.univates.br/editora- univates/e-books.

A publicação foi organizada pelas docentes Grasiela Bublitz, Kári Forneck, Maristela Juchum e Rosiene Haetinger. Conforme Grasiela, a ideia, a partir de agora, é que cada ano seja feita uma nova publicação. “A próxima edição deve dar foco ao trabalho realizado no presídio feminino de Lajeado”, comenta.

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