Rio Grande do Sul é o estado que mais criou vagas de emprego em novembro

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O Rio Grande do Sul liderou a criação de empregos formais entre os estados brasileiros em novembro. No mês, o estado teve saldo positivo de 8.753 empregos, segundo dados do Cadastro geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.

O saldo positivo foi gerado pela diferença entre 72.343 contratações e 63.606 demissões, representando um crescimento de 0,35% em relação ao mês de outubro. O resultado foi motivado pela expansão do Comércio (+4.567 postos), Agropecuária (+3.973) e Serviços (+2.031).

Resultado negativo

O Brasil registrou resultado negativo de empregos em novembro, com uma redução de 12.292 vagas, o equivalente à variação negativa de 0,03% em relação ao estoque do mês anterior. Segundo o Caged, foram registradas 1.111.798 admissões e 1.124.096 demissões no mês passado.

O saldo negativo de novembro é o menor para o mês nos últimos dois anos. Em novembro de 2015 e em novembro de 2016 foram registrados, respectivamente, saldos de -130.629 e -116.747.

Setores – Mesmo com saldo negativo neste mês de novembro, o Comércio (tanto o Atacadista quanto o Varejista) apresentou saldo positivo. Foram mais de 68 mil novas vagas criadas. O motivo: o período de festas, que é responsável pelo aquecimento das vendas. Ao todo, foram 342.198 admissões e 273.596 desligamentos.

Os dois principais setores que geraram o saldo negativo de novembro foram a Indústria da Transformação e a Construção Civil. O setor da Indústria apresentou saldo negativo em 10 dos seus 12 subsetores. A razão é que, a esta altura do ano, todas as encomendas já foram atendidas. Por isso, a Indústria começa a demitir.

Porém, nos meses anteriores, a Indústria já vinha apresentando resultados positivos. Além disso, nos quatro anos anteriores, os saldos negativos no mês de novembro na indústria foram maiores que em 2017. Já o número negativo na Construção Civil deve-se ao período de chuvas, o que leva à paralisação das obras. Entretanto, a exemplo da indústria de transformação, na construção civil o saldo negativo em novembro de 2017 foi o menor dos últimos cinco anos.

A Indústria de Transformação foi o principal destaque negativo. Registrou saldo de -29.006 empregos, decorrente de 163.011 admissões e 192.017 desligamentos, o que corresponde a uma retração de -0,39% sobre outubro. Dos 12 subsetores, dois tiveram expansão – Indústria do Material de Transporte (+1.414 postos) e a Indústria Metalúrgica (+226 postos). Os outros dez subsetores que compõem a atividade industrial registraram retração: Indústria Química de Produtos Farmacêuticos, Veterinários, Perfumaria (-8.615 postos); Indústria de Produtos Alimentícios, Bebidas e Álcool Etílico (-6.901 postos); Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos (-5.934 postos); Indústria de Calçados (-4.802 postos); Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos (-1.376 postos); Indústria da Borracha, Fumo, Couros, Peles e Similares (-1.315 postos); Indústria Mecânica (-896 postos); Indústria do Papel, Papelão, Editorial e Gráfica (-371 postos); Indústria da Madeira e Mobiliário (-244 postos); e Indústria do Material Elétrico e de Comunicações (-192 postos).

A Construção Civil ficou em segundo lugar no saldo negativo. Ocorreram 91.776 admissões e 114.602 desligamentos, gerando uma queda de -22.826 vagas, equivalente à retração de -1,04% em relação ao mês anterior. Os principais subsetores responsáveis pelo saldo negativo foram Construção de Edifícios (-10.678 postos), especialmente em São Paulo (-3.224 postos) e Minas Gerais (-2.221 postos); Construção de Rodovias e Ferrovias (-6.067 postos), especialmente na Bahia (-1.345 postos) e Mato Grosso (-1.126); e Obras de Acabamento (-1.717 postos), especialmente em São Paulo (-665 postos) e Minas Gerais (-226 postos).

O setor da Agropecuária foi o terceiro destaque negativo de novembro, com 60.762 admissões e 82.523 desligamentos. O que corresponde a um saldo negativo de -21.761 empregos, representando retração de -1,34% sobre o mês de outubro. As principais classes de atividade da Agropecuária que apresentaram saldo negativo de emprego foram: Cultivo de Cana-de-Açúcar (-8.397 postos), especialmente em São Paulo (-3.907 postos), Goiás (-1.115 postos) e Maranhão (-1.630 empregos); Atividades de Apoio à Agricultura (-5.373 postos), em particular em São Paulo (-2.845 postos), Minas Gerais (-1.479 postos) e Mato Grosso (-714 postos); e Cultivo de Uva (-2.534 postos), em particular Pernambuco (-2.260 postos) e Bahia (-173 postos).

O setor de Serviços também apresentou saldo negativo em novembro. Foram registradas 445.079 admissões e 448.051 desligamentos, o que equivale a um saldo de -2.972 postos, correspondente à retração de -0,02% sobre o mês anterior. Três dos seis subsetores apresentaram saldo positivo de empregos: Comércio e Administração de Imóveis, Valores Mobiliários, Serviço Técnico (10.431 postos); Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários (866 postos); e Instituições de Crédito, Seguros e Capitalização (663 postos). A outra metade dos subsetores apresentou saldo negativo: Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação, Manutenção, Redação (-8.524 postos); Ensino (-5.717 postos); e Transportes e Comunicações (-691 postos).

Com a modernização da legislação trabalhista, o Brasil tem potencial para gerar 2 milhões de novas vagas nos próximos dois anos, apenas em novas modalidades, como os trabalhos intermitente, em tempo parcial e o teletrabalho.

Regiões – No recorte geográfico, as regiões Sul e Nordeste apresentaram crescimento do nível de emprego em novembro. O Sul novamente foi destaque, com 15.181 postos de trabalho, com saldo positivo de 0,21% e o Nordeste com 3.758 vagas (+0,06%). As demais regiões registraram saldo negativo de vagas Sudeste, com -16.421postos, o que corresponde a -0,08%; Centro Oeste, com -14.412 postos (-0,45%); e Norte, com -398 postos (-0,02%).

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