A pesquisa da situação cadastral do consumidor é cada vez mais valorizada pelas empresas do comércio nas vendas feitas pelo crediário. Anualmente, o índice tem crescido e em 2017 as consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da CDL Lajeado tiveram um incremento de 5%, contabilizando em torno de 250 mil consultas pelas empresas de Lajeado. Esses e outros dados fazem parte do balanço de janeiro a dezembro de 2017 realizado pela entidade, na comparação com a movimentação verificada em igual período de 2016. No que se refere a consultas de cheques, o decréscimo de 8% só confirma a diminuição dessa opção como forma de pagamento. Já nas consultas de protesto se efetivou um aumento de 20%, impulsionado por vários novos produtos (tipos de consultas), com informações de Pessoa Jurídica (PJ) e Pessoa Física (PF) de todo o Brasil.
Inclusões e cancelamentos no SCPC
Ainda que houve consumidores pagando prestações em atraso e podendo voltar a consumir a prazo, muitos ingressaram no banco de dados como inadimplentes. Comparado com 2016, foram 31 mil inclusões no SCPC, ou seja, pessoas que deixaram de pagar suas contas e então registradas no órgão. Apesar de significativo, o volume foi 1% menor do que no ano passado. As exclusões de consumidores que pagaram suas dívidas e saíram do banco de dados também teve redução, girando em torno dos 5%.
Inadimplência
Outro indicador acompanhado mensalmente pela CDL Lajeado é o índice de inadimplência no ato da consulta. Desde o início da crise este índice vem se mantendo elevado. Enquanto que em 2016 foi de 15%, em 2017 fechou em 15,8%, significando que, a cada cem consumidores, 15,8 não estavam aptos a compras no crediário em 2017. O cenário econômico interferiu no resultado, segundo análise do presidente da CDL Lajeado, Heinz Rockenbach. O dirigente avalia que a quantidade de inclusões é reflexo da crise que se instaurou no país, somado a um certo pessimismo das pessoas. “Uma outra parcela demonstrou uma reeducação financeira. Esperamos que neste ano os números relacionados a crédito sejam mais positivos e que os consumidores inadimplentes consigam acertar suas pendências e voltar a consumir. É bom para aquele que libera o crédito, para o consumidor e para a economia como um todo”, completa Rockenbach.