Nesta sexta-feira (18.05), foi celebrado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Em Estrela, a data foi marcada por atividades de integração no saguão do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). A ação da Secretaria de Saúde do município foi educativa e de combate ao isolamento de pessoas com problemas emocionais e psicológicos. Cartazes confeccionados por pacientes do Hospital Estrela foram expostos para conscientizar sobre a inclusão social das pessoas com doenças mentais.
As atividades se iniciaram com rodada de anedota, seguida pela apresentação do Coral Encanto do Caps, café da manhã coletivo e, por fim, a palavra do secretário da Saúde, Elmar Schneider. Ele elogiou o trabalho dos profissionais da saúde mental e ressaltou a importância das pessoas não perderem nunca a autoestima, a fé e a esperança. “Vivam se gostando um pouco mais, se aceitando mais”, aconselhou.
Participaram do evento usuários e funcionários do Centro de Apoio Psicossocial (Caps), a equipe de saúde mental do Hospital Estrela e familiares. A assistente social do Caps, Lori Braun, ressaltou a importância das oficinas no trabalho de integração dos doentes na sociedade e na sensação de liberdade de cada indivíduo. “Precisamos refletir sobre o que ainda precisa ser melhorado. Vamos sempre recordar de como eram os serviços antes dessa perspectiva de hoje, onde os pacientes se tratam junto às famílias, mas também refletir sobre o que ainda precisa ser melhorado”.
A Estratégia da Saúde da Família do Bairro Imigrantes se uniu a de Moinhos e também realizou atividades para marcar a data. Uma caminhada pelas ruas do centro da cidade com todas as unidades estava programada para a manhã, porém, a chuva atrapalhou e as comemorações se restringiram a cada unidade.
O Dia Nacional da Luta Antimanicomial foi instituído em 1987 na cidade de Bauru/SP, durante o Congresso de Trabalhadores de Serviços de Saúde Mental. Deu visibilidade ao Movimento da Luta Antimanicomial, adotando o lema “Por uma sociedade sem manicômios” e marcou o início de uma nova trajetória da proposta de Reforma Psiquiátrica Brasileira. O movimento propõe não somente mudanças no cenário da Atenção à Saúde Mental, mas questionar as relações de estigma e exclusão que se estabeleceram para as pessoas que vivem e convivem com os “transtornos mentais”.