A grave dos caminhoneiros, em protesto ao aumento no preço do diesel, começa a surtir efeito. No quarto dia de paralisação, a quinta-feira (24/05) começou com postos sem combustíveis em Teutônia. Ontem já havia registro de falta do combustível em cidades do interior do Estado. Além de Porto Alegre e região Metropolitana que fecharam alguns postos na manhã de hoje.
Em Teutônia, a reportagem fez contato com nove estabelecimentos: Posto Fascina, Posto da Languiru, Posto da Rota do Sol, Postos da Dani (Languiru e Canabarro), Posto Sippel, Postos Nativus (Centro Administrativo e Alesgut), Posto Brune, Posto Canteiros e Posto Dom Pedro II. Não foi possível obter contato como Posto Quality, mas há informações de que não tem mais gasolina no local.
Os postos Fascina, no Bairro Teutônia, e Canteiros, no Bairro Canabarro, são os únicos que ainda possuem gasolina em Teutônia, mas em ambos a previsão é de que o combustível dure apenas até o meio-dia. No Posto Rota do Sol a previsão era ter gasolina até às 10h. No Posto Nativus da Avenida 1 Leste, resta apenas óleo diesel. Já no Nativus do Bairro Alesgut, ainda há etanol. No Posto Brune, no Bairro Teutônia, Posto Languiru e Posto da Dani, no Bairro Canabarro não há mais nenhum tipo de combustível.
Em três postos do Bairro Canabarro ainda tem algum tipo de combustível. No Sippel há óleo diesel. No Posto da Dani ainda tem etanol. No Posto Dom Pedro II também tem óleo diesel. Todos os postos de Teutônia registraram muitas filas desde o final da tarde de ontem, quarta-feira (23/05). Nenhum dos postos possui previsão de reabastecimento de combustível.
PROTESTO DOS CAMINHONEIROS
A categoria quer a redução do valor do óleo diesel, que tem tido altas consecutivas nas refinarias. A escalada dos preços aconteceu em meio à disparada dos valores internacionais do petróleo.
As revisões podem ou não refletir para o consumidor final – isso depende dos postos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O sindicato que representa os postos de combustíveis no Rio Grande do Sul, Sulpetro, por meio de nota, manifestou “descontentamento com a atual política de preços da Petrobras”, com reajustes diários.