Um objeto virtual de aprendizagem que permite a visualização de lâminas histológicas por meio de telefone celular ou computador foi desenvolvido pela Universidade do Vale do Taquari – Univates. A ferramenta, que está disponível gratuitamente no site da Univates, foi criada no projeto de pesquisa “Aprendizagem e ferramentas digitais no Ensino Superior”, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEnsino) e ao Programa de Mestrado em Ensino de Ciências Exatas (PPGECE) da Universidade. O instrumento de ensino pode ser acessado pelo endereço https://bit.ly/2vMsoMK.
“A ideia é que o instrumento possa ser usado até mesmo na ausência de microscópios e lâminas histológicas, possibilitando a visualização de células e tecidos. As imagens permitem ver as características dos tecidos de forma interativa”, explica a professora e pesquisadora do PPGEnsino Dra. Andreia A. Guimarães Strohschoen. O objeto é voltado para a Educação Básica (aulas de Ciências ou Biologia) e para os cursos de Ensino Superior (principalmente nas disciplinas de Biologia Celular e Biologia Tecidual). O objeto já foi validado em aulas do Ensino Superior no semestre passado.
A professora Andreia teve a ideia e a executou em parceria com a pós-doutoranda Franciele Dietrich Zagonel e com o doutorando em Ensino e bolsista Diógenes Gewehr. Com as imagens de células e tecidos que podem ser visualizadas, na ferramenta virtual, são disponibilizados exercícios referentes ao tema; ao realizá-los, o aluno recebe a notificação no mesmo momento se acertou ou não a questão. A professora explica que o objeto busca a autonomia do aluno, que pode aprender a mexer na ferramenta, analisar as imagens e fazer as atividades sozinho pelo telefone celular ou computador. “A falta de microscópios nas escolas é uma realidade constante. O instrumento pode ser acessado pelo estudante quando ele está em diferentes ambientes, não apenas na sala de aula, e no momento que quiser”, afirma.
O conteúdo interativo engloba os seguintes assuntos separadamente: biologia celular, tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido cartilaginoso, tecido ósseo, tecido muscular e tecido nervoso. Cada conteúdo contém informações diferentes sobre o assunto, como indicações de livros e vídeos. Dessa forma, o estudante é provocado e sensibilizado para os assuntos em estudo, articulando-os com a realidade e o contexto social. Esse envolvimento operacional do educando como sujeito ativo permite que ocorra a construção do conhecimento, sendo protagonista do seu processo de aprendizagem.
Diógenes, que também é professor de Ciências e Biologia, explica que ajudou na proposta ao pesquisar como a ferramenta poderia auxiliar o estudante na aprendizagem. “Na elaboração da proposta foram consideradas as metodologias ativas de ensino e de aprendizado. Foi considerada a inserção das tecnologias digitais de informação como ferramenta para o estudo de conteúdos educativos na escola e em ambientes não escolares”, esclarece. A pesquisa recebeu o apoio da Bolsa de Iniciação Tecnológica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).