Estudantes do Colégio Teutônia selecionados para formação na Alemanha

Gustavo Wommer e Natália Plentz embarcam neste mês de janeiro

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Gustavo Wommer (c) com a avó Nair (e), o pai Normélio, a mãe Aruvane e a professora Angelita Lohmann

O aprendizado de uma língua estrangeira abre inúmeras “portas” e traz oportunidades para a vida, seja no âmbito pessoal ou profissional. Mais que um diferencial, em alguns casos o segundo idioma passa a ser pré-requisito para uma ampla gama de oportunidades e valorização do currículo, além de contribuir significativamente na comunicação e na interação com novas culturas e comunidades pelo mundo.

O Colégio Teutônia estimula o aprendizado da língua estrangeira entre seus estudantes, oportunizando aulas de Alemão, Inglês e Espanhol. Como forma de desenvolver ainda mais esse processo, também oferece oportunidades de intercâmbio e incentiva seus estudantes a participarem de processos seletivos de qualificação complementar de novos idiomas.

Nesse contexto, dois estudantes do COlégio Teutônia embarcam neste mês de janeiro para a Alemanha. Natália Moreira Plentz (15), que concluiu a 1ª série do Ensino Médio em 2018, viaja no dia 11 de janeiro para período de 24 dias de estudo no Gymnasium Scheinfeld, instituição de ensino da cidade de Scheinfeld, no Estado da Baviera. Gustavo Henrique Wommer (18), cuja formatura no Ensino Médio ocorreu no último mês de dezembro, viaja no dia 31 de janeiro e terá a oportunidade de cursar o Ensino Superior no Studienkolleg TU Darmstadt, da cidade de Darmstadt, no Estado de Hessen.

Oportunidade

Natália Plentz (com o certificado) com o diretor-executivo da Rede Sinodal de Educação, Ruben Goldmeyer (d); a professora do Mauá que irá acompanhar o grupo de estudantes, Daiane Mackedanz; e Joni Rollof, coordenadora pedagógica da Rede Sinodal

O Colégio Teutônia é conveniado do ZfA (Zentralstelle für das Auslandsschulwesen), escritório central para escolas no exterior que conta com cerca de 1,2 mil instituições de ensino em todo mundo, incluindo 140 escolas alemãs no exterior. Gustavo foi aprovado em avaliação de proficiência e se habilitou para realização de prova de ingresso em universidade da Alemanha (Studienkolleg). “Essa prova é como um mini vestibular, com questões de Alemão e Matemática”, revela o jovem que fala o dialeto Alemão desde criança, mas à Língua Alemã oficial passou a se dedicar e estudar em setembro de 2016.

“Me preparei fazendo muitos exercícios nos moldes da prova. A avaliação de Matemática era escrita em Alemão também, então precisava adquirir um vocabulário mais específico. Para isso, usava provas antigas, pesquisava e respondia. O Alemão eu praticava de diversas maneiras, com exercícios, escutando podcasts, seguindo páginas alemãs no Twitter, deixando meu celular em Alemão e, principalmente, lendo muita revista em Língua Alemã. O dialeto me deu uma base de como era o idioma e ajuda em certos momentos, porém a escrita era o mais importante e essa tive de aprender do zero”, comenta Gustavo.

O jovem teutoniense espera seguir com seus estudos na Alemanha, aproveitando todas as oportunidades que a dedicação lhe proporcionarem. “Sinto que agora cumpri uma pequena etapa de uma longa jornada que ainda terei pela frente. Estou extremamente feliz com a oportunidade de estudar em um país estrangeiro, com educação de altíssima qualidade e com muitas oportunidades”, afirma, acrescentando que está na expectativa de se adaptar logo à Alemanha. “Quero ser feliz fazendo o que gosto, sem esquecer de onde vim e quem sou. A qualificação em uma língua estrangeira é a chave para abrir inúmeras portas. Há muitos programas internacionais estudantis e profissionais para jovens com conhecimento de mais de uma língua. Além disso, todo e qualquer conhecimento é útil para a vida”, conclui.

Colhendo os frutos

Natália foi aprovada em processo de seleção da Rede Sinodal de Educação, que envolveu 54 instituições de ensino e ofertou bolsas de estudos de um mês na Alemanha. A jovem teutoniense estuda Língua Alemã desde o 1º ano do Ensino Fundamental e, ao longo desses anos, participou de diversos eventos e concursos de leitura, redação e até festival de teatro, com o incentivo da professora do CT, Angelita Lohmann. “A professora e o diretor Jonas Rückert me incentivaram a participar da seleção, acreditaram na minha capacidade”, frisa.

Por já ter passado por outras avaliações de proficiência em que foram consideradas escrita, oralidade, compreensão auditiva e textual, nesse processo de seleção Natália precisou apenas redigir texto em Alemão contando um pouco sobre si, sobre a família e explicando o que a motiva a estudar a Língua Alemã, planos para o futuro em relação à continuidade desses estudos, objetivos, expectativas e desejos considerando a possibilidade de ser selecionada. Além disso, ainda participou de entrevista de 20 minutos em Alemão, com grupo de quatro professores e a coordenadora de Alemão para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Frau Beguhl.

A seleção levava em conta fatores como conhecimento linguístico, motivação para continuar estudando Alemão após o retorno da Alemanha, desenvoltura durante a entrevista oral, coerência entre o projeto escrito e as colocações durante a entrevista e capacidade internacional do estudante. Nesse processo foram selecionados cinco estudantes do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, entre 14 e 15 anos de idade. O investimento para concessão da bolsa é da Fundação Theo-Münch-Stiftung.

Para o processo de seleção, Natália revela que a primeira iniciativa foi se acalmar. “Depois, pensei em possíveis perguntas que os entrevistadores poderiam fazer e me preparei para tal. Também estudei o texto que eu havia escrito e, por fim, assisti alguns programas infantis em Alemão e ouvi músicas para melhorar a cognição”, revela.

A dedicação e o esforço no aprendizado da Língua Alemã têm sido recompensados. “É muito gratificante. A Alemanha é um dos países que mais investem em educação e está na posição de país mais estável e próspero da União Europeia. Poder estar lá esses 24 dias estudando e vivenciando essa cultura é uma experiência única e que vai me trazer muitos conhecimentos, que farão a diferença na minha vida e carreira. Estou muito orgulhosa por essa conquista e vou aproveitá-la ao máximo”, comenta, acrescentando que além do aprendizado, espera construir laços com a família hospedeira, numa vivência diferenciada para “sair da zona de conforto”.

Para Natália, aprender uma nova língua sempre traz novos conhecimentos a serem usufruídos ao longo da vida. “É mais que um grande desafio, é um diferencial no currículo e pode aumentar as chances de conseguir um emprego em uma multinacional, por exemplo”, finaliza.

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