Uma reunião entre o prefeito em Exercício, Valmor Griebeler, o vereador Marco Wermann, representantes do Cpers e secretários municipais, trouxe em sua pauta a situação de dois serviços que são de responsabilidade do Governo Estadual e Federal, mas que influenciam diretamente na rotina de milhares de cidadãos estrelenses. O Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (Ipergs), ou IPE como é mais conhecido, fechado desde o fim de 2015, e da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS)/Sistema Nacional de Emprego (Sine), que pode vir a ter o mesmo destino.
O encontro que contou com a presença dos secretários de Administração e Recursos Humanos, Jônatas dos Santos; da Fazenda, Henrique Lagemann; e do Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação, José Itamar Alves, de Estrela, objetivou analizar uma proposta a ser apresentada em breve para o Governo do Estado com o objetivo de retomada dos serviços do IPE em Estrela, e igualmente fazer com que o Sine siga em exercício.
A proposta inicial é trazer a estrutura do IPE para dentro da sede da prefeitura, com atendimento realizado por um servidor municipal, e então destinar a sala do IPE, na Rua Marechal Floriano, no Centro, para o atendimento do Sine. Que hoje localizado na Rua 13 de Maio e funciona em uma sala alugada, mas cujos recursos destinados ao pagamento do tributo, que devem ser repassados pelo Ministério do Trabalho, estão atrasados há alguns meses. O custeio dos valores para com funcionalismo e outras despesas, estes sim são de responsabilidade do FGTAS.
O secretário Santos explica a proposta. “Estaríamos assim resolvendo, via município, dois problemas que não são de nossa responsabilidade, e sim do Estado e Federal. É que não queremos ter que fazer com que centenas de cidadãos estrelenses sejam obrigados a procurarem outro município para buscarem os serviços do IPE”, diz.
Os escritórios de Lajeado e Putinga também foram fechados, hoje os mais próximos estão em Taquari, Venâncio Aires e Montenegro. Outro retomado recentemente fica em Encantado, cujo serviço é hoje também realizado por um servidor municipal. “E o atendimento do Sine é de extrema importância para milhares de trabalhadores daqui quando na busca por um emprego, melhores oportunidades e renda”, relata.
Santos se antecipa aos questionamentos. “É que a sala do IPE é estadual, e não necessita arcar com o aluguel, ao contrário do espaço hoje ocupado pelo escritório do Sine. Outra questão é que, se realizado por um servidor municipal dentro da sede da prefeitura, haveria a otimização do tempo. Ele poderia não se dedicar exclusivamente ao IPE e realizar outras tarefas”, completa.
Uma das alternativas levantadas seria levar a estrutura para junto do Poupa Tempo, que já concentra alguns serviços de atendimento ao cidadão. A proposta deve ser encaminhada nos próximos dias ao presidente da autarquia, José Guilherme Kliemann, em Porto Alegre.