A Vigilância Ambiental, setor vinculado à Secretaria da Saúde (Sesa), prioriza ações de combate e prevenção ao mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, nos bairros em que o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) constatou maior risco.
Neste levantamento, as visitas foram realizadas em uma amostra de cada bairro do município. Um sistema de informatização sorteou os quarteirões que foram trabalhados. Durante este primeiro ciclo do LIRAa, os agentes de endemias, com auxílio dos agentes comunitários de saúde das Estratégias de Saúde da Família (ESF), realizaram 1.998 inspeções em imóveis e coletaram 146 amostras, cada uma podendo conter várias larvas de mosquitos.
O resultado da análise laboratorial, realizada pela bióloga Catiana Lanius, identificou 14 focos do mosquito Aedes Aegypti, sendo 7 focos no bairro Santo André, 2 no Jardim do Cedro, 2 no Campestre, 2 no Alto do Parque e 1 foco no São Cristóvão.
– Com os resultados, foi possível calcular índices de infestação e direcionar as ações para os locais com maior risco – explica a bióloga e coordenadora da Vigilância Ambiental, Catiana Lanius.
Além do LIRAa, a Vigilância Ambiental da Sesa realiza constantemente vistorias de rotina em imóveis residenciais, comerciais e industriais para controle do Aedes aegypti. Quinzenalmente também são monitorados locais onde há maior probabilidade de acúmulo de água parada, como cemitérios, floriculturas e ferros-velhos.
Neste ano, entre janeiro e fevereiro, já foram identificados 45 focos do mosquito Aedes Aegypti em Lajeado. Durante todo o ano passado, apenas 8 focos do Aedes haviam sido localizados. Catiana explica o aumento significativo dos focos.
– Provavelmente o clima e a intensificação das visitas dos agentes de endemias sejam os responsáveis por este aumento no número de focos identificados no município – explica.
A bióloga lembra que as estações marcadas pelas temperaturas mais altas e maior volume de chuva favorecem a reprodução e a proliferação do mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
– É preciso atenção redobrada durante a primavera e o verão. É fundamental que a população faça sua parte e mantenha suas residências e arredores livres de materiais que acumulam água – indica.
O período de realização do próximo ciclo do LIRAa será definido pelo Governo Federal e informado ao município pela 16º Coordenadoria Regional de Saúde.
COMO A COMUNIDADE PODE AJUDAR:
A recomendação é verificar na sua residência, uma vez por semana, os seguintes itens:
– Verifique os vasos de plantas, retirando os pratinhos. Passe esponja para limpar os ovos que ficarem aderidos.
– Cuide com bromélias e outras plantas que podem acumular água. Revise semanalmente e remova a água, sempre que possível (se estiverem em vasos vire de cabeça para baixo).
– Verifique se tem materiais em uso e que possam acumular ou estejam com água (baldes, potes, garrafas, pneus): secar, tampar ou colocar em local coberto.
– Caixas d´água, tonéis ou recipientes para armazenamento de água da chuva: manter tampados sem frestas ou colocar tela milimétrica para cobrir, inclusive no ladrão.
– Recolha o material que poderá ser descartado (latinhas, embalagens plásticas, vidros, garrafas PET, etc) e coloque em saco plástico para a coleta seletiva de lixo.
– Veja se a calha está desimpedida, removendo folhas e outros materiais que possam impedir o escoamento adequado da água;
– Ralos, especialmente de águas de chuva: verifique se estão com água em período seco; nesse caso, coloque tela milimétrica ou adicione, semanalmente, água sanitária no ralo;
– Piscinas plásticas pequenas: devem ser periodicamente esvaziadas ou serem tratadas com cloro;
– Piscinas fixas: devem ser limpas uma vez por semana e tratadas com cloro regularmente.