Realidade indígena foi apresentada por coordenador da Funai, em Garibaldi

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O coordenador técnico da Funai de Nonoai, Lair Santi falou sobre os direitos e deveres dos índios

Em diferentes períodos do ano, é comum a vinda de índios de diferentes regiões do Estado a municípios da Serra Gaúcha. Em Garibaldi não é diferente: indígenas costumam acampar e vender seus produtos, muitas vezes gerando dúvidas na comunidade quanto a suas condições.

No sábado (17/08), a população garibaldense contou com uma oportunidade para conhecer a realidade indígena em uma palestra ministrada pelo coordenador técnico da Funai de Nonoai, Lair José Santin. O evento foi realizado pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, Trabalho e Assistência Social.

Santin falou sobre os direitos e deveres dos índios, o comportamento que devem ter nas cidades que percorrem, como a sociedade deve agir em casos de mendicância, os documentos necessários para sua permanência e para a comercialização de seu artesanato, entre outros temas.

Segundo explicou o coordenador da Funai, os índios não têm permissão para acampar em áreas públicas, nem permitir que as crianças vendam produtos ou peçam esmolas. “As leis indígenas têm validade apenas dentro da aldeia, fora dela, os índios devem cumprir a mesma legislação que qualquer cidadão brasileiro”, lembrou. “As crianças não devem permanecer fora da escola”.

Os indígenas deixam suas aldeias para comercializar o artesanato que produzem, com autorização de deslocamento por período determinado. “Recomendamos a quem tem vontade de ajudá-los com doações que nos procurem para orientarmos da melhor forma”, afirma o secretário Calvete Poleto.

Na região de Nonoai (norte do RS), há cerca de 8.000 indígenas pertencentes há mais de duas mil famílias. Segundo Santin, os índios que costumam vir para a região de Garibaldi são da tribo kaingang.

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