A Vigilância Ambiental de Estrela realizou, entre os dias 12 e 16 de agosto, o Levantamento de Índice Rápido de Infestação (Lira) pelo Aedes aegypti, o mosquito transmissor da Dengue. Foi o terceiro dos quatro levantamentos agendados para o ano, um dos processos mais importantes dentro do trabalho de prevenção à doença. E ao contrário do anterior, este deu caso positivo para uma das amostras.
No Lira, agentes ambientais e também Agentes Comunitários de Saúde realizam uma visita surpresa a residências de quarteirões sorteados de todos os bairros urbanos da cidade. Na ação, são coletadas amostras de água parada que possam conter larvas de mosquitos. As amostras coletadas foram então encaminhadas para análise do laboratório da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) do Estado, que apontou o caso para uma amostra. A coordenadora em Saúde de Estrela, Carmen Hentschke, responsável pela Vigilância Ambiental e Epidemiológica, explica. “O que nos preocupa e nos deixa em alerta é o fato que as amostras foram coletadas em dias de muito frio, onde a proliferação é mais lenta. Foram coletados apenas 28 amostras de larvas, e apesar de muita água encontrada haviam menos focos, influenciado pelo clima. Encontrar um caso positivo é muito preocupante, pois o maior risco está justamente com a chegada dos dias mais quentes.”
Um caso positivo, coletado nas visitas rotineiras e estratégicas realizadas há cada 15 dias pela Vigilância Ambiental, já tinha dado positivo. E igualmente para uma amostra no Bairro Oriental, mas em posição oposta ao de agora. Nos dois primeiros Liras do ano, situações distintas foram encontradas. Em fevereiro, das amostras coletadas, 68 foram encaminhadas ao laboratório da 16ª CRS.
Destas, seis deram resultado positivo ao Aedes aegypti. Em maio, das amostras encaminhadas, seis foram identificadas, mas apenas para o mosquito Aedes albopictus, espécie parecida a do Aedes, não transmissora Dengue mas de outras doenças. Entretanto que se cria em condições e ambientes muito parecidos ao do aegypti. Em Estrela houve registro no ano de apenas um caso da dengue, mas considerada “importada”, ou seja, não contraída no município. Tratou-se de um morador que visitou a Paraíba a trabalho, onde começou a ter os sintomas.