O Senado Federal aprovou, em 2017, o terceiro sábado do mês de outubro como o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis congênita. Será assim, dia 19 deste mês, em todo o País, onde a doença registra crescimento. Atenta a isso, a Secretaria Municipal de Saúde de Estrela e o Serviço de Assistência Especializada (SAE – HIV/Aids) mostram atenção para com o crescente número de casos no município, sendo o de maior prevalência na região de saúde.
A sífilis é uma infecção causada por bactéria (treponema pallidum), transmitida sexualmente e, em casos de mulheres grávidas, onde ela ou o parceiro não fizeram o tratamento correto, pode ser transmitida para o bebê durante a gestação ou parto. Alguns casos podem evoluir para aborto ou má formação em ossos, desenvolvimento cognitivo, problemas de visão, fetos mortos ou abortos. Em 2017 foram registrados oficialmente 7.851 casos no Estado, e em 2018 foi confirmado um aumento de 27%. Este ano já foram confirmados 2.213 casos, mesmo que em períodos parciais. Crescimento que, segundo especialistas, também tem sido registrado pelo maior acesso das pessoas aos exames. Em uma avaliação mais geral dos estudiosos, um reflexo do fato de que muitas pessoas estavam com a doença mas não sabiam e de outras que ainda não desconfiam.
Em Estrela foram registrados 51 casos em 2017 (25 femininos; 26 masculinos); 58 em 2018 (31; 27) e 22 em 2019, mas considerados apenas os três primeiros meses em uma amostra de 1.626 pessoas que realizaram o teste rápido para sífilis e que além do diagnóstico foram tratados e notificados. Houve um crescente aumento entre mulheres na faixa etária de 15 a 19 anos e de 20 a 29 anos e se mantendo estável nas outras faixas etárias do sexo feminino. Esse dado ressalta importância de ações de educação em saúde junto aos adolescentes, visto que somente no ano de 2017, dos 16 casos de sífilis no sexo feminino, 11 casos foram em gestantes. Já em 2018, chama a atenção para a precocidade na faixa etária com sífilis (10 a 14 anos) e, dos 24 casos informados, quatro eram em gestantes. Quanto a população masculina os números se mantém estáveis e estão muitos associados à baixa procura pelos serviços de diagnósticos, e quando o fazem, poucos casos realizam o tratamento corretamente e assim continuam mantendo comportamento de risco para as infecções sexualmente transmissíveis.
A prevenção da sífilis passa pela conscientização individual e coletiva da necessidade de ações de prevenção e cuidado que vão desde o mais básico: uso do preservativo, passando pelo interesse em saber seu diagnóstico e de seu parceiro sexual. Entre estas ações, destaca-se o teste rápido da doença, realizado com uma gota de sangue (punção digital). Também procurar informações corretas sobre prevenção, diagnóstico e tratamento nos serviços de saúde sobre a doença. Em Estrela, os testes podem ser realizados nos postos de saúde. No SAE (Avenida Rio Branco nº 1127), de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, sem fechar ao meio-dia. Os exames são gratuitos, sigilosos e os resultados saem em até 30 minutos. Mais informações pelos telefones (51) 3981-1137, (51) 3981-1170 ou pelo e-mail [email protected]