Agilidade é crucial: Bombeiros Voluntários salvam bebê de 10 dias em Teutônia

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Crédito: divulgação

Uma criança de dez dias foi salva pelo Corpo de Bombeiros Voluntários após se afogar com leite materno na manhã desta quarta-feira (04/03), em Teutônia. Após instrução via telefone e deslocamento da guarnição dos bombeiros, a pequena Isabelly, já desacordada e sem reação, foi reanimada e encaminhada ao Hospital Ouro Branco. Casos de engasgo podem ter a evolução no quadro clínico e levar, inclusive, a óbito, quando não atendidos de imediato.

Conforme a Bombeira voluntária Érica Ferreira da Silva, por volta das 8h09, a corporação recebeu a ligação da mãe. “No momento em que atendi, a mãe estava em extremo desespero. Ela falava ‘socorro, minha filha está se afogando, em ajuda’”, relata Érica. Primeiramente, a bombeira pediu calma à mãe para que pudesse explicar as manobras e posteriormente, pegar o endereço. “É difícil, eu preciso que ela esteja calma. Se eu não tratar de modo imediato a obstrução das vias aéreas, pode ter a evolução do quadro clínico. É fundamental passar essas manobras”, explica. A mãe relatou que o bebê estava sem respirar, então dava sinais de cianose. “Fica com as extremidades arrochadas, como boca e dedos. O engasgo evoluiu para uma parada respiratória, que leva a uma parada cardíaca. Isso é risco de óbito”, detalha Érica.

Conforme a bombeira voluntária, essa não é uma situação muito comum, mas acontece. “Participei de outra ocorrência semelhante (com um bebê), mas eu estava no deslocamento com a equipe para atender na residência (não no telefone). Em outro momento, foi com um afogamento em piscina de uma criança por volta dos dez anos”, relata. Para ela, foi a primeira experiência realizando instrução via telefone. “Acalmar a mãe, passar a manobra e tentar ser o mais clara possível para que a mãe, leiga no assunto, possa agir de imediato, foi a minha primeira vez”, enaltece.

Instrução via telefone

A bombeira instruiu a mãe a sentar em algum lugar e posicionar o bebê de bruços no braço, com o rosto inclinado para o chão. “Com a mesma mão, pedi para ela dar apertadinhas nas bochechas da criança para que a mandíbula abra, e faça uma sequência de tapinhas nas costas, até o bebê dar algum sinal”. Conforme Érica, esse sinal significa que o bebê desafogou, e neste momento, ela pediu o endereço da residência onde a mãe estava com a criança, no Bairro Canabarro, para onde se deslocaram os bombeiros Carlos André da Silva e Daniel Streich Grave.

Enquanto isso, o atendimento via telefone seguiu. A mãe relatou que o bebê estava vomitando, e foi instruída a mantê-lo inclinado e limpar a secreção. No viva voz, ela contou que o bebê começou a resmungar e parava de se movimentar, mantendo os olhos fechados. “Pedi para a mãe fazer um estímulo no bebê na sola do pé, região bem sensível para eles, e ver se ele iria resmungar. Consegui ouvir a resmungada no telefone”, conta Érica.

Posteriormente, o bebê continuou vomitando, e a bombeira seguiu realizando perguntas. A mãe relatou que ele havia amamentado e já estava no berço quando engasgou. “Pedi para a mãe continuar os estímulos e limpando a secreção até a chegada da ambulância. Daí, os meninos fizeram o atendimento necessário e encaminharam o bebê ao Hospital Ouro Branco”.

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