Tecnovates produz máscaras para combate ao coronavírus

Trabalhos começaram na terça-feira, dia 24

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Entrega das máscaras no Hospital Bruno Born / Crédito da foto: Michel Machado / Divulgação

O Laboratório de Tecnologia Criativa do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates) começou, na última terça-feira, 24 de março, a produção de máscaras face shield, a serem utilizadas pelos profissionais da saúde no combate à proliferação do novo coronavírus. O trabalho está sendo realizado com o uso de equipamentos de corte a laser e seis impressoras 3D. Os equipamentos de proteção serão repassados aos agentes de saúde do Vale do Taquari.

A diretora de Inovação e Sustentabilidade da Univates, Simone Stülp, explica que o equipamento de proteção individual (EPI) é importante porque inibe as chances de as secreções dos pacientes entrarem em contato com o rosto do profissional de saúde, sendo essencial para que os médicos e enfermeiros possam transitar de forma segura em um ambiente de risco. Os protetores faciais estavam com número limitado para a demanda exigida. Assim, a maneira do Tecnovates  auxiliar nessa necessidade da região é realizando essa força-tarefa em seus laboratórios.

“O protocolo mais adequado no momento é que seja assegurada a possibilidade de desinfecção das face shields após a utilização. Em razão disso, foi feita avaliação, com o Centro Tecnológico de Pesquisa e Produção de Alimentos (Laboratório de Química), sobre a possibilidade de ser realizado um processo de desinfecção do EPI. Seguimos uma prática utilizada em unidades básicas de saúde, nas quais os protetores faciais foram higienizados com solução de ácido peracético. Esse procedimento possibilita que o profissional reutilize seu EPI em seus atendimentos”, explica Simone.

O laboratório testou dois modelos de produção, com impressora 3D e utilizando o acrílico em corte a laser. No dia 24 de março a primeira unidade foi concluída, e a produção em maior escala, que será feita com as impressoras, começou. O laboratório estima a produção em média de cinco unidades de face shield por dia para cada impressora. Até o momento 50 peças foram produzidas, com mais 50 esperadas até o fim de semana. O Tecnovates tem à sua disposição duas impressoras da Univates – uma do parque tecnológico e a outra do curso de Design – e equipamentos de parceiros – duas impressoras em Teutônia comandadas por Rangel Scheeren Wahlbrink e Waldo Luiz Costa Neto e duas em Lajeado, uma manuseada por Luis Guilherme Spohr, da empresa Fluxo 3D, e a outra por Christian Wildner -, totalizando seis máquinas empenhadas na fabricação. Mediante a grande demanda, o Tecnovates está em busca de parceiros que tenham impressoras 3D à disposição, de pessoas que possam realizar trabalho voluntário e de doação de materiais necessários.

Doações

Além do trabalho voluntário, o público também pode ajudar a iniciativa com a doação de materiais necessários, como: folhas de acetato com espessura de 0,5 mm, filamento PLA para impressão 3D, elástico chato de 1 cm de largura e chapa de acrílico com espessura de 4 mm. Interessados em fazer doações podem entrar em contato com Michel Machado, gestor da Incubadora Tecnológica da Univates (Inovates), pelo e-mail [email protected].

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