Projeto de extensão voluntária da Univates ajuda a melhorar moradias de comunidades em vulnerabilidade

Iniciativa conta com a participação de alunos e professores de três cursos da Univates

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Foto do início do projeto, antes da pandemia; da esquerda para a direita: Elen Cristina dos Santos, Gláucia Arioti, Idemar Pires, Ceci Maria Rodrigues Gerlach, Jamile Weizenmann, Laura Costa e Claudia Mazzarino

O Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Emau), vinculado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Univates, vem desenvolvendo atividades com comunidades de Lajeado por meio de projetos de extensão universitária e de pesquisa, além de auxiliar o curso de Arquitetura e Urbanismo na realização de atividades relacionadas ao dia a dia dos estudantes e professores. As atividades funcionam por meio da criação de Grupos de Ação (GA) ou pelo apoio à extensão universitária e à pesquisa. 

Criado em setembro de 2019, o Habitar Bem é um desses projetos, cujo objetivo é auxiliar comunidades vulneráveis do município de Lajeado. Em abril deste ano, ele foi aprovado como projeto de extensão voluntária da Univates.

A ideia é contribuir, a partir de diversas ações, para a saúde e o bem-estar de famílias residentes em algumas comunidades de Lajeado, identificando possíveis patologias nas edificações em que moram, propondo melhorias e soluções de fácil acesso ou indicando manutenções que sejam viáveis dentro do que dispõem o usuário e o setor de habitação responsável. Nas atividades do projeto, os voluntários irão acompanhar os representantes da Secretaria do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas) do município em visitas às famílias para conhecer a comunidade dos diferentes bairros e a situação das moradias. 

Para a professora Jamile Weizenmann, coordenadora do projeto, essas ações proporcionam aos estudantes a relação entre teoria e prática por meio de vivências de situações reais, desenvolvendo habilidades que permitam a construção de novos aprendizados e trocas de saberes com a comunidade-foco. “Ao estabelecer esse vínculo com o município estamos articulando forças e saberes. A Universidade, a comunidade e a gestão municipal unem esforços e trocam conhecimentos para a melhoria na condição das moradias”, afirma.

A estudante de Arquitetura e Urbanismo e estagiária do Emau Bruna Zanoni Ruthner revela que a participação no projeto agrega valores profissionais e pessoais. “Em projetos como o Habitar Bem temos contato com pessoas que precisam dos serviços de arquitetos e urbanistas, mas que muitas vezes não têm acesso a eles. Isso reforça o que estudamos em disciplinas de urbanismo, por exemplo, sobre a importância da regularização fundiária para garantir moradia digna e o direito à cidade, listados como direitos de todos os cidadãos na Constituição Federal”, aponta. “Acredito que as visitas serão muito interessantes, pois vamos aprender e trocar experiências e conhecimentos com os moradores, inclusive nos aproximando mais do papel social da nossa futura profissão”, completa Bruna.

Saiba mais

O projeto de extensão Habitar Bem foi inspirado na Athis – Lei de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (Lei Federal nº 11.888/2008), criada pelo arquiteto e urbanista gaúcho Clóvis Ilgenfritz da Silva, que prevê projetos e moradia digna para famílias de baixa renda e envolve, além de Arquitetura e Urbanismo, os cursos de Direito e Engenharia Civil.  

O curso de Direito relaciona-se a uma das ações do projeto, que busca auxiliar nos processos de regularização fundiária, demandados pelo Serviço de Assistência Jurídica (Sajur) da Univates. Os professores envolvidos no projeto são Jamile Weizenmann e Cristiano Zluhan Pereira, do curso de Arquitetura e Urbanismo; Marta Piccinini, do curso de Direito; e Débora Pedroso Righi, do curso de Engenharia Civil. Além desses, fazem parte do projeto a arquiteta Laura Costa e o professor Marcelo Heck, com auxílio pontual em demandas específicas.

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