A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) realizou uma rápida videoconferência das 11h às 11h20 da manhã deste sábado (18/07). O objetivo foi definir detalhes sobre o recurso a ser apresentado até as 6h deste domingo (19/07) para tentar reverter a bandeira vermelha imposta pelo mapa provisório do distanciamento controlado, apresentado pelo governo do Estado nesta sexta-feira. Veja mais também na edição da Folha Popular deste sábado.
A principal reivindicação é que não sejam contabilizados os pacientes que são de municípios de fora da região. O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, ressalta que o grande diferencial para mudar a bandeira de vermelha para laranja é “a exclusão dos pacientes de fora do Vale, pois isto não representa a capacidade do Vale do Taquari e prejudica muito a nota”. Conforme informado por ele, de maneira geral, 60% dos pacientes são de outras regiões.
Embora os indicadores de internações e número de óbitos tenham aumentado, a região vai apontar algumas distorções. O sistema lançou 20 hospitalizações na semana, enquanto que a região só constatou 14. Quanto ao número de óbitos, o questionamento é por que o sistema lançou óbitos de duas semanas corridas. Conforme Caumo, “nas rodagens dos modelos, estas duas situações por si só ainda deixam a nota alta para ingressar na bandeira vermelha”.
Por este motivo, o Vale do Taquari vai pleitear que os pacientes de fora da região não sejam contabilizados. “Não reflete a velocidade do contágio”, salienta o prefeito lajeadense. Ele acrescenta que caso haja essa mudança, vai mudar a bandeira para laranja “e fica positivo para as próximas semanas também”.
“Estamos lutando pelo Vale. Tem um grupo trabalhando e pedimos a confiança nesse grupo, que está monitorando todos os indicadores. A questão principal é a questão das internações fora da nossa macrorregião que estão nos prejudicando. Acredito que vamos ter sucesso na nossa defesa”, ponderou o presidente da Amvat e prefeito de Imigrante, Celso Kaplan.
O prefeito de Teutônia, Jonatan Brönstrup, enfatizou que seja deixado claro que “a região não se nega a atender pacientes [de outras regiões], mas não podemos pagar a conta para entrar na bandeira vermelha”. O recurso global da região é elaborado sob a liderança do Município de Lajeado, com apoio do Hospital Bruno Born, da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Amvat e outros órgãos.
Kaplan sugeriu que os municípios ingressem com recursos individuais no caso da Regra 0-0. Ou seja, cidades que não tiveram óbito e não tiveram internações Covid-19 nos últimos 14 dias. Isto porque algumas cidades não apareceram na listagem do Estado, como Imigrante, por exemplo.