Em setembro os deputados gaúchos devem votar o plano de Reforma Tributária enviado pelo Governo do Estado. A temática tem gerado inúmeros debates, mobilizando especialmente a classe empresarial gaúcha, preocupada com a medida que deve aumentar impostos justamente num período de extrema dificuldade para toda sociedade em virtude da pandemia do Covid-19 (Coronavírus).
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) assina “Carta aberta aos gaúchos” repudiando a iniciativa do Piratini com o Projeto de Lei 184. Nessa mesma linha o presidente da CIC Teutônia, Airton Roque Kist, assina documento em que demonstra preocupação com as medidas propostas e o cenário atual.
“Mesmo com um olhar otimista de retomada, podemos avaliar que o pós-pandemia tende a ser mais complexo e difícil. Pensando na nossa economia local, percebemos alguns segmentos fazendo um grande esforço para manter suas atividades, gerando renda e empregos no comércio, na indústria e nos serviços”, preocupa-se.
Frase recorrente nesse momento, ele afirma que está muito difícil para todos. “Nos surpreende ver o governo estadual apresentar uma Reforma Tributária que seria muito bem-vinda se fosse uma proposta favorável à realidade”, enumera Kist.
O presidente sustenta seu posicionamento em avaliações de grupos técnicos que vislumbram no plano, na maioria de suas proposições, o aumento de impostos. “Essa Reforma Tributária é muito contraditória. A CIC tem se posicionado na mesma linha da Federasul e contraria qualquer aumento de impostos. Precisamos unir forças e mostrar que esse não é o caminho. O Estado precisa urgentemente reduzir o custo da máquina pública e não aumentar impostos, aumentar o custo da cesta básica, aumentar o IPVA ou qualquer imposto que vá dificultar a geração de novos empregos e reduzir a competitividade de nossas empresas”, cita.
Kist finaliza o documento pedindo um “basta a esse modelo histórico que vivemos, onde as empresas do RS e os cidadãos que aqui escolheram viver precisam pagar a conta com uma das maiores taxas de impostos do mundo, tudo isso para a manutenção das contas do Estado”. Para ele, o momento exige novas alternativas. “Urge, já passou da hora que o governo estadual reduza seus custos e não repasse a conta aos cidadãos e às empresas.”