DP de Teutônia alerta sobre aumento de golpes

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Os golpes mais comuns na região são referentes a fotos íntimas e boletos falsos / Crédito da foto: Júlia Caroline Geib

O número de estelionatos realizados online, conhecidos como golpes, tiveram aumento de 10,8% neste ano, em comparação com os números até setembro do ano passado. Esses são dados da Delegacia de Polícia de Teutônia, que também abrange Imigrante, Poço das Antas e Westfália. Em junho deste ano, a Polícia Civil lançou uma cartilha alertando para golpes na internet. Estelionatos de diversos tipos estão sendo realizados na região, e o número de casos aumentou durante a pandemia.

Na região abrangida pela Delegacia, houve registro de 101 estelionatos do gênero em 2019 até o mês de setembro, chegando a 130 no final do ano. Em 2020, o número está em 112 registros até 24 de setembro. Conforme o Delegado da Delegacia de Polícia de Teutônia, Alex Assmann, foi visível o aumento durante a pandemia.

A cartilha lançada pela PC conta com a descrição de 15 dos principais golpes no Estado. “Os golpes são dos mais variados. Os que mais acontecem são relacionados a nudes ou fotos íntimas, e em segundo lugar, acredito que seria golpes referentes a falsos boletos”, detalha o delegado. O número de ocorrências, conforme ele, aumentou muito durante a pandemia.

Conheça o golpe mais comum

O mais comum dos golpes na região, o das fotos íntimas, por vezes não é denunciado devido a vergonha da vítima em expor sua intimidade. Ele vitimiza pessoas de ambos os sexos, mas geralmente são homens mais velhos, e por vezes, casados. “O golpista utiliza um perfil falso, muitas vezes com a foto de uma jovem bonita e atraente. Eles começam uma amizade e logo o golpista, seja uma ‘jovem moça’ ou um ‘rapaz atraente’, envia fotos íntimas suas e pede para que a vítima faça o mesmo”, explica a cartilha. Após convencer a vítima a mandar fotos, um outro personagem entra em cena, o suposto pai/padrasto do(a) jovem.

Ele alega que seu filho/enteado é menor de idade e que a vítima estaria praticando o crime de pedofilia pela internet. “Para que o pai/padrasto não leve o caso para a Polícia, ou não conte tudo para a esposa/marido da vítima, exige que seja paga uma quantia em dinheiro. Algumas vezes, os golpistas se fazem passar por policiais civis, alegando que as fotos já fazem parte de um Inquérito Policial e solicitam o depósito para que ‘a investigação seja arquivada’”, detalha a cartilha. Por isso, é importante desconfiar de pessoas que solicitem fotos íntimas e não são conhecidas. A cartilha também lembra que pedofilia é crime. “Se a pessoa que você está fazendo uma nova amizade aparenta ser menor de idade, todo o cuidado é necessário”, conclui.

Outro golpe comum

Compras e pagamentos pela internet são comuns, apesar de ainda despertarem a desconfiança de algumas pessoas. No golpe do boleto, a vítima costuma acessar sites não seguros, e pode se deparar com falsas páginas de lojas e empresas ou falso contato de WhatsApp. “Neste momento é emitido o boleto bancário para pagamento da compra efetuada. Este boleto possui cabeçalho e imagens aparentemente da loja/empresa em que a vítima estava negociando”, explica a cartilha.

O golpe pode ser realizado tanto com a manipulação do código de barras do documento ou com a criação de páginas falsas que oferecem o download da “fatura”. “Neste momento o valor transferido/pago vai para a conta bancária do golpista ou de um ‘laranja’”, detalha. Para fazer compras online sem medo, é importante verificar os dados do destinatário do boleto emitido.

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