A Polícia Civil, em conjunto com as Polícias Civis de Santa Catarina e do Paraná, a Polícia Rodoviária Federal e a Brigada Militar, localizou o cativeiro e libertou a médica Tamires Regina Gemelli da Silva Mignoni. A vítima foi arrebatada na última sexta-feira (16/10) em Erechim, enquanto saía do trabalho na Unidade Básica de Saúde no bairro Aldo Arioli.
A libertação do cativeiro ocorreu no município de Cantagalo, região central do Paraná, cerca de 32 quilômetros de Laranjeiras do Sul, cidade de origem da médica. Durante a operação policial, uma mulher e dois homens diretamente envolvidos no sequestro foram presos.
A médica, encontrada bem e com saúde, chegou à residência de seu pai, prefeito de Laranjeiras do Sul, na madrugada desta quinta-feira (22/10). Investigações posteriores serão realizadas com o intuito de identificar outros indivíduos por suspeita de participação no crime.
Segundo o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais, delegado Sander Cajal, os sequestradores realizaram contato com a família da vítima pedindo R$ 2 milhões pela sua libertação. Cajal destacou que o trabalho conjunto de várias instituições, com integração e muito trabalho de inteligência policial, foi fundamental para o sucesso da operação, resultando na libertação de Tamires sem o pagamento do valor exigido.
Conforme a chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, delegada Nadine Anflor, nos últimos dois anos a corporação tem 100% de efetividade com liberação da vítima em casos de extorsão mediante sequestro. “A vítima estava em boas condições de saúde ao ser libertada. É muito importante salientar que, durante esses cinco dias, os policiais estavam dando todo o suporte à família dela”, relatou.
Nadine afirma que não há indicativo de que o crime tenha viés político pelo fato da vítima ser filha do prefeito de Laranjeiras do Sul. “As investigações continuam e essa hipótese não é descartada, mas tudo leva a crer que o objetivo era patrimonial, em obter esse valor de forma ilícita”, disse.
Dentre os presos, está o vigilante de um banco de Laranjeiras, que estava em licença saúde, além de um taxista que ajudou nos deslocamentos durante o sequestro. A mulher presa teria o papel de cuidar do cativeiro.