O ano Olímpico começou, porém a pandemia provoca mudanças no calendário de preparação dos atletas. Jaqueline Weber embarcaria para a cidade de Paipa, na Colômbia, na próxima quarta-feira (3/2), para 23 dias de preparação em altitude de 2.600 metros.
Os planos mudaram durante esta semana, quando o governo colombiano cancelou os voos oriundos do Brasil nos próximos 30 dias, devido à nova variante do coronavírus encontrada no país. A atleta já tinha toda logística planejada, incluindo passagens aéreas, transporte terrestre, testes PCR e hospedagem.
“Sempre gostei muito do período de treinamentos realizado em altitudes”, revela Jaque. Ela partiria para a quinta experiência fora do país. “Como é um ano Olímpico e a temporada promete grandes competições, queria me preparar da melhor maneira possível. Infelizmente, teremos que readaptar”, comenta.
Como a temporada de competições deve iniciar em março, será difícil treinar fora do Brasil. Mesmo assim, a atleta e o treinador Fabiano Peçanha avaliam possibilidades em outros países e até mesmo em solo brasileiro. “A cidade de Campos do Jordão tem altitude de 1.700 metros. Nos próximos dias definiremos esse reajuste”, destacam.
O objetivo de um training camp é ter as melhores condições possíveis para treino e recuperação, principalmente para manter o foco total nos objetivos, sem nenhuma outra distração ou compromisso. “Além é claro, dos benefícios fisiológicos que a hipoxia traz”, salienta Peçanha.
Apesar do imprevisto, Jaque considera a alteração de planos tranquila. “Minha torcida é para que a vacinação ocorra o mais rápido possível, para que todos fiquem protegidos. Além disso, estou torcendo para que o calendário de competições nacionais e internacionais se mantenha normal a partir de março, pois esse sim seria um impacto muito mais forte na preparação visando competições como Troféu Brasil de Atletismo, Campeonato Sul-Americano Adulto e Jogos Olímpicos”, conclui a atleta.