Uma grande paixão que se tornou fonte de renda para a agricultora aposentada Olga Driemeyer, te Teutônia: assim pode ser considerado o cultivo de lírio-de-um-dia, planta ornamental também chamada de Hemerocallis.
Quem chega à propriedade da produtora, localizada na Linha São Jacó, é recebido por uma infinidade de cores saídas da vistosa área de pouco menos de meio hectare, que conta com mais de 130 variedades e cerca de 10 mil mudas plantadas. “isso que não estamos no auge da floração”, lembra Olga, citando os meses de outubro a dezembro como o período de “pico” de produção.
O investimento no cultivo teve início no ano de 2009, após a aquisição de algumas mudas em uma feira de Santa Catarina. “Na época eu já tinha na minha horta outras variedades, como amor-perfeito e boca-de-leão, mas considerava-as mais complicadas de manejar”, explica a agricultora. Nesse sentido, o Hemerocallis, uma planta que desabrocha pela manhã e murcha a noite, é mais fácil de “lidar”.
“Mais resistente, o lírio-de-um-dia exige uma boa poda feita no início do inverno, que deve ser somada à adubação adequada e a facilidade de acesso à luz solar”, salienta a extensionista da Emater/RS-Ascar, Ana Cândida Barth.
Muito utilizado em paisagismo, o Hemerocallis tem potencial para ser usado em ornamentação de festas, em jardins, em praças, em trevos de cidades e em entradas de bairros. “E é justamente pela facilidade de trabalhar com este tipo de planta, que ela é indicada para este tipo de composição mais urbana”, garante a produtora.
O extensionista da Emater/RS-Ascar, Lauro Bernardi, reforça o caráter rústico da planta, que adapta-se a vários tipos de solos, enfrentando melhor os períodos de estiagem e mesmo o ataque de pragas e de doenças.
Comercializada em raiz nua, a propagação das mudas é feita em forma de touceiras, que vão sendo multiplicadas até chegarem ao seu clímax. “Trata-se de uma cultivar muito versátil, de grande delicadeza, de ampla exuberância e com uma extensa gama de cores, formatos e tamanhos”, observa Bernardi.
Se utilizado em grupamentos maciços, tornam a aparência agradável, mesmo quando observadas de longe. “Nesse sentido, a agregação de plantas com flores da mesma cor pode formar uma miscelânea harmônica, bem equilibrada”, completa a agricultora.
Apaixonada pela vida no campo, dona Olga segue participando da Feira do Produtor local, onde além das mudas de Hemerocallis, leva outras variedades de flores, como orquídeas, gérberas, bromélias e gerânios e cultivos como tomate-cereja, aipim, feijão, cenoura, batata, cebolinha e beterraba.
“E tudo produzido sem agrotóxicos”, faz questão de lembrar a aposentada, que mora com o marido Elpídio e tem participação ativa na comunidade, sendo apoiada pela Emater/RS-Ascar, que atua de forma vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado.