Uma alimentação adequada pode interferir positivamente no rendimento de um atleta. E é esse benefício que a nutricionista Martha Cyrne espera trazer às jogadoras de vôlei feminino da Avates.
A profissional iniciou um trabalho com as equipes para garantir mais energia dentro de quadra. Um questionário com todas as categorias permitirá conhecer o perfil das atletas.
A partir dos resultados devem organizadas lives para passar as recomendações às jogadoras, pois os treinos ocorrem de forma virtual em função da pandemia.
Embora o trabalho seja conjunto, Martha salienta que poderão ser feitas abordagens individuais. “Vamos interferir de forma pontual, com um acompanhamento mais próximo quando for preciso, sempre buscando o melhor desempenho de cada uma das atletas”, observa.
Na faixa etária das meninas há uma maturação diferente no organismo para cada idade, o que precisa ser levado em conta para definir o que é importante estar na alimentação de cada uma delas.
Como a maioria é adolescente, é comum haver alimentos processados e industrializados no cardápio, o que pode influenciar no rendimento. Elas moram com os pais ou em república e acabam ingerindo aquilo que está disponível.
O desafio é ajudá-las a criar uma independência na alimentação. “É mostrar porquê devem ser feitas algumas alterações sobre o que comer e o que não. E comer não pode ser uma obrigação, porque a alimentação precisa ser um prazer e não uma culpa”, detalha Martha.
Energia e disposição
Uma alimentação orientada pode trazer muitos benefícios ao atleta, principalmente, mais energia e disposição. “Elas treinam pesado e ainda precisam conciliar a rotina de estudos”, sustenta.
O foco será aumentar a performance e o desempenho, tanto nos treinos como nos campeonatos, e manter o físico também. “É muito importante para elas manterem a questão muscular, já que gastam muitas calorias nos treinos. Caso não seja reposto, podem ter perdas no físico e no desempenho”, acrescenta.
Outro desafio da profissional é trabalhar com as meninas no momento de pandemia, quando estão mais em casa, sem tanto cuidado com a alimentação, sem os treinos em quadra e sem a perspectiva de competições.
“Precisamos trabalhar para que elas não se acomodem. Se a alimentação não for adequada agora, pode ser muito mais difícil retomar os treinos em quadra quando isso for possível”, analisa Martha.