A retomada das edições da Feira do Peixe Vivo de Estrela, no último mês, trouxe um pouco da ideia e da perspectiva que a Secretaria de Agricultura têm para o setor no município: aliar tradição a investimentos que resultem em satisfação do público e bom retorno aos piscicultores e à economia local.
Nas últimas cinco edições realizadas entre os dias 20 de março e 02 de abril foram cerca de dez toneladas de peixe comercializadas, e mais de mil clientes atendidos.
Reformas na estrutura da feira já foram realizadas e apoio aos produtores da área através de parcerias com a Emater e outras entidades são focos da gestão.
Em 2020, a tradicional comercialização de pescado foi atingida pelas consequências da pandemia, com a realização de apenas 14 edições, sendo que normalmente ocorrem mais de 20 por ano. Em 2019 foram 26.
Este ano já ocorreram seis. Três delas apenas na Semana Santa, realizadas seguidamente nos dias 31 de março, 01 e 02 de abril, quando foram comercializadas 8,7 toneladas de peixe, 936 clientes de diversos municípios atendidos. Apenas entre os peixes eviscerados (limpos e abatidos na feira), mais de 800 unidades.
Ao todo foram mais de R$ 100 mil movimentados, cujo valor fica integralmente com os piscicultores para abatimento de custos com produção e serviços, além do lucro. Ainda assim, a secretaria não deixa de realizar investimentos com recursos próprios. Quem frequenta ou trabalha na feira já percebeu um pouco desta proposta.
Mais de R$ 11 mil foram investidos nas últimas semanas em pinturas, placas indicativas, balança eletrônica, medidor de temperatura e outras melhorias, inclusive um ar-condicionado.
João Luft é o novo responsável pela feira. Ele destaca os investimentos já realizados. “Foram pontuais melhorias que visam atender diversas áreas, desde elementos que objetivam o cuidado com a pandemia, como por exemplo a instalação de um dispersor de álcool, até a comunicação visual com o cliente, através de novas placas indicativas. Ainda, cuidados para estarmos de acordo com a legislação, como é o caso do ar-condicionado, instalado no local de abatimento do peixe, que precisa ficar em ambiente isolado e refrigerado”, explica ele.
“Tudo para, dentro das normas, oferecer o máximo de conforto ao cliente e também a quem está trabalhando”, frisa ele.
Nas últimas feiras, o pescado veio de quatro piscicultores, da Linha Lenz; Novo Paraíso; e dos Distritos da Delfina e Costão. Mas ao todo são mais de 20 cadastrados.Para o secretário de Agricultura do Município, Douglas Sulzbach, são muitas as propostas para o setor que visam maior envolvimento e parceria entre as partes.
“Serão mais os investimentos gerais realizados pela pasta ao longo da gestão, seja lá no local da feira, seja no atendimento aos piscicultores. Queremos assim evoluir em questões sanitárias e de comodidade ao cliente, também reforçar nossa relação com o produtor e aumentar a oferta e variedade de pescado”, explica.
“Já temos novos encontros com os piscicultores do município agendados. Queremos formar uma comissão para discutir alguns assuntos de interesse comum, incentivar e organizar o setor, buscando através de parcerias técnicas, com a Emater e profissionais da área, otimizar a produção. Ainda ofertar nossos serviços para a abertura de novos açudes, licenças ambientais e outros”, completa.
Mais informações na Secretaria de Agricultura pelo telefone 3981-1055.