No dia que descobre doador compatível, Jaque perde a luta para a Leucemia

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Foto: Grasieli Nabinger

A paveramense Jaqueline Kolling Borges, de 23 anos, faleceu na tarde desta sexta-feira (9/4) após mais de três anos de luta contra a leucemia. Ela chegou a receber um transplante de medula, mas teve uma recaída e não resistiu ao agravamento. Jaque estava em busca de um doador de medula 100% compatível, que foi encontrado e anunciado ainda na manhã de hoje. Nas redes sociais, amigos, familiares e demais pessoas que colaboraram na busca pelo doador lamentam a morte da jovem. Conforme familiares, o velório será durante a madrugada até as 11h da manhã, na capela mortuária Follmer. O publico só será permitido das 8h às 11h.

Jaque já havia recebido uma doação de medula do seu irmão, Gabriel Kolling Borges, que é 60% compatível. Poucos dias depois de comemorar nove meses desde a pega da medula, Jaqueline descobriu recaída da leucemia. Ela estava internada desde o dia 1º/4, e pelas redes sociais, publicou que “a luta continua”.

Em meio a novas sessões de quimioterapia, a paveramense voltou a procurar por um novo doador. Desta vez, 100% compatível. Nas primeiras horas de sexta-feira (9/4), informou pelas redes sociais que o doador havia sido encontrado. Infelizmente, não houve tempo para a realização do procedimento.

A Folha Popular deste sábado, inclusive, conta com uma matéria sobre o tema. O conteúdo foi produzido antes do anúncio do falecimento de Jaqueline.

Relembre sua trajetória

Em fevereiro de 2018, aos 19 anos, Jaqueline foi diagnosticada com leucemia. Passou por três recaídas. Entre elas, descobriu um doador 100%. Em virtude da pandemia, não pôde realizar o transplante.

Em junho de 2019, conseguiu leito no Hospital de Base em São José do Rio Preto, São Paulo. Lá, recebeu a doação do irmão, Gabriel. Cerca de três semanas depois, comemorou a pega da medula.

Em janeiro de 2021, Jaqueline foi capa da Revista Radar na celebração da vitória. Quando questionada sobre os aprendizados da luta contra a doença, disse que aconselharia a Jaqueline recém-diagnosticada com as seguintes palavras: “Calma que tudo vai dar certo, Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tudo vai dar certo. Por mais difícil que está sendo agora, no final tudo vai ser recompensado. Tudo vai dar certo. Confia, cabeça erguida, segue firme. Que tudo vai dar certo no final. Tudo é possível. Nada pra Deus é impossível”.

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