A falta de vacinas para aplicação em 2ª dose (D2) é uma realidade que afeta todos os municípios do Estado. É importante destacar que o município de Teutônia seguiu todas as diretrizes estabelecidas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 e orientações do Ministério da Saúde para todas as remessas enviadas até o momento.
Por que estão faltando vacinas?
Na última remessa enviada pelo Ministério da Saúde, o quantitativo de doses esperadas não alcançou a totalidade do grupo dos que precisavam ser vacinados com a 2ª dose da CoronaVac.
De acordo com a Secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann, seriam necessárias 90 mil doses da CoronaVac para cumprir com o cronograma pré-estabelecido e agendado para o Estado, porém, o Rio Grande do Sul recebeu apenas cerca de 52 mil doses, o que representa 44% a menos que o programado.
Essa situação se deu em função da dificuldade do Instituto Butantan em produzir o quantitativo necessário, em larga escala, para atender a demanda em 1ª (D1) e 2ª doses, visto que o instituto havia alertado que não havia disponibilidade na indústria do Instituto Farmacêutico Ativo (IFFA) para seguir no mesmo ritmo de produção, o que resultou na falta da vacina para aplicação da D2. De acordo com a Secretária de Estado, a expectativa é que nesta semana venha uma quantidade maior de Coronavac.
Além da insuficiência de doses enviadas pelo Ministério da Saúde, há outra situação que têm impactado diretamente na falta de vacinas.
De acordo com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS RS), em um levantamento realizado até o dia 26 de abril, com cerca de 340 municípios do estado, há uma falta de aproximadamente 420 mil doses para que estes possam completar o esquema vacinal da 2ª dose, para quem completou o intervalo de 28 dias da D1 a partir do dia 22 de abril.
Menos doses nos frascos
Além do fato de haver atraso na programação de entregas realizadas pelo Instituto Butantan, outra situação preocupante é a dificuldade de extração de 10 doses dos frascos, pois cada recipiente deveria conter as 10, mas o município tem recebido cerca de 9 a 9,5 doses, o que causa uma perda de 10% a cada frasco, agravando assim, o cenário de pessoas aguardando a aplicação da 2ª dose da vacina. Essa perda já representa a falta de, aproximadamente, 600 doses em Teutônia. A situação já foi relatada à 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e ao Ministério da Saúde, desde o primeiro dia que a equipe percebeu a insuficiência de doses em cada frasco, e juntamente com os demais municípios da região, solicita a reposição por parte do Governo Federal.
Esta situação vem ocorrendo desde a distribuição da 7ª remessa para os estados, assim como, também, a orientação da CIB/RS e informes técnicos relativos as remessas, recebidos pelo Ministério da Saúde, quanto a não necessidade de reserva de doses, dada a necessidade de acelerar o processo de imunização da população, no qual considerava que haveria a garantia de efetividade da cadeia produtiva do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz, para entrega de novas remessas em tempo hábil para a aplicação da D2, o que não tem ocorrido com relação à CoronaVac.
Outro esclarecimento necessário é que não é possível utilizar as doses recebidas para aplicação em 1ª dose na aplicação da 2ª dose, pois é preciso observar o laboratório e o lote de produção, portanto, é necessário aguardar o quantitativo específico e a reposição das doses faltantes.
A Secretaria Municipal de Saúde de Teutônia está preparada para agilizar a aplicação dessas doses, assim que receber as vacinas.