Escritora Léia Cassol ‘mergulha’ em Estrela para iniciar obra

Conceituada autora de livros infantojuvenis irá escrever obra voltada ao público estrelense em projeto lúdico-pedagógico da Smed

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A escritora ficou encantada com o brasão do município. “Tem rosas, é lindo”. Crédito da foto: Rodrigo Angeli/Prefeitura de Estrela

A escritora Léia Cassol realizou visita a Estrela nesta terça-feira (25/5). Não foi a primeira vez e nem será a última. A conceituada autora de livros voltados ao público infantojuvenil, proprietária da editora que leva seu nome e com mais de 76 obras publicadas, realiza uma espécie de autoconhecimento da cultura local e de aproximação às pessoas, principalmente seu público-alvo, as crianças. Esta estratégia faz parte da elaboração do projeto lúdico-pedagógico, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), que resultará na obra “Era uma vez nossa Estrela”. “Preciso agora ‘mergulhar’ em tudo que é daqui”, justifica.

Nascida no Paraná em 1974, Léia Cassol está radicada em Porto Alegre há mais de duas décadas. Destaca que entrou no universo da literatura pelas histórias que o pai lhe contava, quando ainda criança. A também requisitada contadora de histórias tem entre outros prêmios o de destaque cultural da Semana Farroupilha e da área infantojuvenil da Feira do Livro de Porto Alegre. Suas obras mais populares são o “Chá das Maravilhas” e “A Menina do Cabelo Roxo – Esconde-esconde em Porto Alegre.” Segunda a autora, a obra vai ser voltada para crianças que estão estudando o município, principalmente aquelas entre 8 e 9 anos, do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental. “Com uma linguagem infantojuvenil, com uma narrativa linear para essa faixa etária, o que para tanto eu sempre uso elementos fantásticos, e isso porque o imaginário da criança vai além do que a gente vê”, explicou ela, na visita que fez com a secretária municipal de Educação, Elisângela Mendes, ao vice-prefeito, João Schäfer. “Por exemplo, estou escrevendo um livro com a mesma sistemática em uma cidade onde as crianças andam muito de bicicleta. Para essa respectiva obra as bicicletas voam, o que permite um universo mais mágico e além do comum”, revela.

Léia Cassol afirma que quando ela vai criar uma obra busca descobrir o que ainda não está escrito sobre aquele espaço, tende a ser legal, e para isso parte inicialmente de algumas perguntas: “Para quem estou escrevendo?”; “Do que eu gostava quando tinha essa idade?”; “Se eu for a criança que vai ler esse livro, eu vou gostar?”; “E a professora vai conseguir fazer este livro fazer parte do trabalho realizado junto às crianças, facilitar?”. Caso as respostas sejam negativas, não vai dar certo, afirma. “Estrela ainda exige de minha parte um maior aprofundamento presencial e histórico. Quero conhecer melhor para escolher esses elementos, inclusive da bibliografia histórica e atual, que também faço estudo para auxiliar nas minhas escolhas.”

Mas Léia Cassol já tem alguns parâmetros. “Chamou-me a atenção, quando estive no Festival do Chucrute, a união da comunidade, o fato de os Grupos Folclóricos não serem grupos isolados e específicos, e sim tudo um corpo só, em prol de uma celebração conjunta, diferente de outros municípios com festas semelhantes”, diz. “E o que é mais interessante, com os bebês e as crianças já participando, não apenas por estarem vestidas com roupas típicas, mas dançando, mesmo que embaladas em um carrinho de bebê”, ressalta. “O que já posso adiantar é que trata-se de uma população muito receptiva, de crianças alegres e muito entusiasmadas com a aprendizagem, a buscar a novidade, e é isso que as move a querer saber mais. Sempre digo: criança curiosa é criança inteligente.”

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