Pacto coletivo é determinante para reduzir circulação do vírus

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Guilherme Vogt / Créditos da foto: Grasieli Nabinger

Passado um ano e meio de pandemia, o Hospital Ouro Branco (HOB) se aproxima da marca de 600 internações na ala Covid. Diante das dificuldades vividas em março, abril e, mais recentemente, em junho, o segundo semestre de 2021 tem sido de boas notícias. Julho apresenta queda no número de internações por Coronavírus.

Apesar da redução, a situação atual preocupa pelo aumento de casos agressivos entre a população jovem. A faixa etária tem sido mais atingida em virtude da cobertura vacinal de pessoas com idades avançadas.

Por outro lado, segundo Guilherme Votg, médico cardiologista, a redução absoluta das internações de pessoas acima dos 60 anos mostra a importância da imunização. “Com certeza, a saída para isso é fazer cobertura vacinal ampla e bem-feita. A adesão da população é importantíssima”, ressalta.

Quanto mais pessoas vacinadas, menor a circulação do vírus. Consequentemente, menor o número de casos, internações e mortes. Na contramão, quanto menos imunizados, menor a proteção coletiva.

A vacinação reflete na saúde coletiva. “Se tudo que vivemos em um ano e meio não é o suficiente para ir vacinar, isso preocupa a longo prazo”, reflete. Sem cessar a circulação do vírus, os vacinados também ficam expostos a maiores cargas virais, causadas por novas variantes.

É preciso abolir a resistência à imunização e reforçar a necessidade das duas doses. Apesar de terem o mesmo objetivo, as vacinas – de diferentes marcas – atuam de formas diferentes no organismo. “Com primeira dose, algumas geram uma proteção significativa. A Coronavac, com primeira dose não confere proteção nenhuma. É preciso fazer as duas”.

Luz de alerta segue acessa

Há cerca de sete meses a ala Covid não registra menos que duas internações simultâneas. Mesmo com a redução de casos e internações, a palavra tranquilidade não descreve o momento. Segundo Guilherme Vogt, há casos preocupantes de reincidência em lugares com cobertura vacinal importante.

Para Vogt, 600 é um número muito significativo de pessoas que necessitaram de internação até então. Além de longas, as internações são difíceis do ponto de vista psicológico, em virtude do isolamento familiar e da incerteza do quadro de saúde. “Se isso não é o bastante para criar senso de coletividade, não vai ter outra coisa”, considera.

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