O secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, participou da reunião do G7 Municípios, no auditório da Prefeitura de Poço das Antas, no fim da manhã de ontem (10/9). A prefeita anfitriã, Vânia Brackmann, apresentou a necessidade de recuperar a ERS-419, ligação com Teutônia. O prefeito de Paverama, Fabiano Merence Brandão, solicitou reparos na VRS-835, no acesso da BR-386 ao centro da cidade. O presidente do G7, Germano Stevens, explicou os objetivos do G7.
Os municípios de Poço das Antas e de Paverama produziram vídeos para ilustrar a situação precária das duas rodovias estaduais. Buracos, desníveis, rachaduras, falta de acostamento e ausência de sinalização foram problemas apontados.
O presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, defendeu a importância da recuperação da pista de rolamento e reforçou a necessidade da construção de uma rótula no acesso ao Frigorífico de Suínos, em Poço das Antas. “O polo proteico da região merece uma atenção especial. Quanto imposto geramos. E vai aumentar o fluxo de veículos a partir do momento que levarmos carnes do frigorífico de bovinos para o de suínos”, comentou.
Valdecir da Metalbovi destacou a entrada de matéria-prima e saída de produtos, com carretas. Outras empresas de Poço das Antas e de Teutônia também utilizam a via para o deslocamento. A prefeita citou a dimensão estreita da rodovia, o peso e a largura dos veículos de carga. “Vamos parar de crescer por conta das rodovias. E nosso povo gosta de trabalhar”, observou.
O prefeito de Teutônia, Celso Aloísio Forneck, lembrou da ligação entre os bairros Languiru e Boa Vista, com trânsito de pedestres, ciclistas e veículos pesados. “Somos solidários ao pleito pela relevância regional. Pedimos para olhar com carinho e estamos unindo forças”, destacou.
O prefeito de Paverama, Fabiano Merence Brandão, citou os problemas nos 9 km da VRS-835. Com a criação do pedágio, aumentou o fluxo de caminhões pela cidade e passando por Teutônia. “Incrível a degradação do asfalto, porque antes já estava em estado precário e piorou com o aumento do trânsito. Faz anos que não tem sinalização”, observou. Aponta a condição da rodovia como um entrave para o desenvolvimento do município e lembrou da instalação da Fruki, no entroncamento da VRS-835 com a BR-386.
ERS-419 – 8 de maio de 1998
Costella vê possibilidade de reparos
Juvir Costella disse gostar de desafios e por isso aceitou o cargo de secretário. Trabalha com o objetivo de anunciar o que pode cumprir, começar e concluir a obra, com cronograma público para 2021 e 2022. “Faz o que tem, com o dinheiro que tem. Fazer por região e resolver gradativamente. Precisaríamos de R$ 5 bilhões para colocar todas as rodovias em dia, mas receberemos R$ 1,3 bilhão”, explica.
Disse que não deixará a região desassistida, mas também não prometeu grandes obras. “Vai ter investimento”, assegurou. Citou a possibilidade de tapa-buracos emergencial e posterior análise de uma recuperação mais completa – fresagem e colocação de nova camada asfáltica.
Costella também apresentou o Programa de Incentivo a Acessos (PIÁ). Prevê usar 5% do ICMS anual da empresa para investir em rotatória ou recuperação de rodovia. “São projetos inovadores. O Município licita (sai mais barato), a empresa abate do ICMS e o Estado autoriza e fiscaliza”, disse. Usou essa modalidade como exemplo no pleito de rótula no acesso ao Frigorífico de Suínos. “Isso aqui [das duas rodovias] é importante, mas é cafezinho perto do que temos no Estado”, avaliou.
Outros temas do G7
Das 10h25 até 11h15, os prefeitos dos sete municípios debateram outros assuntos relevantes. Avançou a proposta de adesão ao projeto de Turismo em parceria com o Sebrae. Também definiram formalizar o G7, com criação de entidade para um trabalho de continuidade, rotatividade e áreas de atuação. Sobre biodigestores, debatem a união de forças para conhecer soluções viáveis para os dejetos suínos.
O G7 é formado por Imigrante, Colinas, Westfália, Poço das Antas, Teutônia, Paverama e Fazenda Vilanova.