A economia gaúcha apresentou um crescimento acumulado, até outubro de 2021, de 12,2%. O dado sinaliza uma recuperação maior que a do Brasil, com 5,7% no mesmo período. É o que indica o Boletim de Conjuntura, divulgado nesta sexta-feira (14/1) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).
O resultado ocorreu apesar da queda na margem no terceiro trimestre, muito influenciada pela alta base de comparação do trimestre anterior, com safra recorde de grãos, notadamente da soja.
No Brasil, a estiagem que atingiu o país ao longo do ano e as condições macroeconômicas de escalada de preços e elevação dos juros contribuíram para uma retração do PIB no trimestre.
No cenário mundial, o período apresentou crescimento, porém num ritmo mais lento como reflexo dos gargalos persistentes nas cadeias globais de abastecimento de matérias-primas, dos custos crescentes de insumos, alimentos e bens duráveis, além das crises energéticas e reduções ou retirada de auxílios econômicos.
Para os próximos meses, as perspectivas para o desempenho da economia do Rio Grande do Sul são incertas. A estiagem provocada pelo fenômeno La Niña, o crescimento da pandemia, os juros elevados no cenário macroeconômico nacional e a inflação em alta são fatores que colaboram para o quadro de indefinição.
O boletim leva em conta indicativos globais e os dados mais recentes sobre a atividade econômica, inflação, juros e contas públicas. Também são analisados o mercado de trabalho, expectativas de crescimento e a evolução da arrecadação do ICMS.