“Os pilares da educação socioemocional” pautaram bate-papo com transmissão online pela página do Colégio Teutônia no Instagram na noite desta terça-feira (26/4). Dirigida às famílias, a live contou com mais de 500 visualizações ao vivo.
Com mediação da coordenadora geral do CT, Andrea Wallauer, o evento teve a participação do psicólogo e cofundador da Educa 21, Rossandro Klinjey; e do CEO e cofundador da Educa 21, Jaime Ribeiro.
O programa socioemocional integra o projeto pedagógico do Colégio Teutônia a partir deste ano letivo, proporcionando diferentes atividades para estudantes, professores e famílias. “Envolvemos o grande ecossistema escola-família-estudantes, trabalhando a educação da nova geração que está mais vulnerável e menos empática, estimulando a potencialização de valores num ambiente saudável e harmonioso”, explicou Andrea, apreciando atividades inseridas no currículo diário que pretendem auxiliar os estudantes a perceber suas emoções.
Construir soluções
Klinjey frisou que família e escola precisam, mais do que nunca, estar completamente conectadas para a construção de competências essenciais “para que jovens possam enfrentar o mundo na forma em que se encontra”. Nesse contexto, classificou casos de bullying como falta de empatia. “Quem provoca também é vítima de uma educação que não construiu a consciência da empatia, da capacidade de conviver com o outro. Precisamos educar a vítima e quem comete o bullying. Ao invés de procurar culpados, devemos, juntos, construir soluções”, destacou.
Também tratou da ansiedade, que traz prejuízos cognitivos e emocionais. “Sem atenção não há retenção de conhecimento; pela falta de atenção, também não medimos as emoções e ficamos apenas reagindo, sem nos compreendermos, e a vida vai ficando mais transtornada”, alertou, acrescentando que todos somos vulneráveis a isso.
Por fim, Klinjey sugeriu que as crianças precisam saber identificar o que é essencial. “Saber escolher como usam o tempo para o que é importante. A família é fundamental nessa jornada desafiadora, que exige equilíbrio e acordos. Por isso falamos em educar famílias, não somente estudantes. Empatia é construída na família, não nascemos com ela, construímos a partir de escolhas”, explicou.
Empatia
Autor de livros sobre o tema, Ribeiro igualmente falou do desenvolvimento da empatia. “A leitura é uma excelente forma de desenvolver empatia nas crianças e adolescentes. A partir disso, eles aprendem a identificar e exteriorizar emoções. Isso é a ponta do iceberg da educação socioemocional, ajuda nas relações pais e filhos, com professores, com outras crianças, desenvolvendo a empatia, a criatividade, a autorreflexão e o autoconhecimento”, enumerou.
Sobre o uso das tecnologias, adiantou que o problema não é o aparelho, mas a desatenção. “Vivemos com a falta de conexão dentro de casa. Por isso a importância de alguns combinados como, por exemplo, o não uso de celular à mesa, na cama antes de dormir ou na recepção a visitas em casa. O carinho está sendo substituído pelo Youtube, um grande problema que vai se agravando. É preciso provocar tempos offline para que as famílias interajam, e os pais também precisam ter esse comportamento”, finalizou.