Saúde do Estado monitora caso suspeito de varíola do macaco em Porto Alegre

Paciente é residente em Portugal e está em viagem a Porto Alegre

1101
Crédito: AFP / Divulgação

A Secretaria Estadual da Saúde (SES), iniciou nesta segunda-feira (30/5), o monitoramento de um caso suspeito da varíola do macaco (ou monkeypox). O caso estava em monitoramento desde sexta-feira (27/5) e se trata de um residente de Portugal que se encontra em viagem a Porto Alegre.

O definição do caso suspeito foi estabelecido pelo Ministério da Saúde após uma atualização nesta segunda (30/5), a partir da qual foi possível relacionar a vítima registrada na capital. O homem procurou atendimento médico no dia 19 e novamente no dia 23 deste mês.

O paciente não tem conhecimento de pessoas com quem teve contato em Portugal que sejam confirmadas ou suspeitas da doença varíola do macaco e relata melhora parcial das queixas citadas com tratamento instituído. O homem segue em monitoramento e acompanhamento clínico na residência de familiares.

Para ser considerado suspeito:
A partir de 15/3/2022, apresente início súbito de febre;
Adenomegalia (aumento dos linfonodos do pescoço);
Erupção cutânea aguda do tipo papulovesicular de progressão uniforme;
Manifeste um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas: dor nas costas, astenia (perda ou diminuição da força física) e cefaleia (dor de cabeça).

Quando os sintomas são identificados, é feita uma investigação no intuito de descartar as doenças que se enquadram como diagnóstico distinto, como a própria varicela (catapora), sarampo, dengue, zika, chikungunya, herpes zoster, herpes simples, infecções bacterianas de pele, sífilis, reações alérgicas, entre outras.

Quem é suspeito de estar infectado tem amostras coletadas de material vesicular (secreção da vesícula), crosta (lesão da pele), sangue, urina e secreções do nariz e boca. O laboratório de referência é o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

Recentemente, casos de infecção do vírus têm sido relatados em Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos. Até pouco tempo, todos os casos fora da África eram casos importados de viajantes recentes à República Democrática do Congo ou à Nigéria.

Os casos reportados em maio de 2022 são os primeiros casos autóctones, cuja via de transmissão ainda não se tem estabelecida ao certo.

O monkeypox virus, embora seja conhecido por causar a “varíola do macaco” ou “varíola símia”, é um vírus que infecta roedores na África, e macacos são provavelmente hospedeiros acidentais, assim como o homem. A infecção tem sintomas bem similares à varíola humana, porém com baixas taxas de transmissão e de letalidade.

- publicidade -