O relatório de pesquisa feita pela Macrovisão, de Lajeado, realizado nos dias 1º a 10 de agosto, de forma virtual, revelou que 98,1% dos votantes são contra o atual edital de concessão de rodovias RS. Para o movimento “Este Pedágio o Vale Não Quer” ficou claro que a licitação do edital precisa ser adiada e discutida melhor, sem imposição.
Trata-se do resultado de Consulta Pública promovida pelo Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (CODEVAT) e a Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari – CIC Vale do Taquari, com apoio da Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (AVAT) e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. De acordo com a comissão do movimento, o Estado nunca levou em conta as sugestões de entidades e comunidades, a respeito do tema, apesar das inúmeras tentativas de negociação.
Segundo o presidente do Codevat, Luciano Moresco essa consulta representa democraticamente a opinião dos cidadãos do Vale do Taquari. “É um resultado extremamente expressivo quando 98,1% disseram ao Governo do Estado que são CONTRA esse modelo de pedágio, pois não atende as necessidades de melhorias de nossas rodovias e compromete o desenvolvimento do Vale do Taquari. Não suspender o leilão que está marcado para o início de setembro, representará que o Governo ignora a opinião de toda nossa região”, sustenta.
De posse dos dados da Consulta Pública, integrantes da comissão procurarão integrantes do Legislativo e do Executivo estaduais. Pedirão que levem ao governador o pedido da Região para que seja sensato e um governante sensível que respeite a vontade de toda uma Região, suspendendo já o edital do Bloco 2. Na sequência, construir, em conjunto com as comunidades, entidades representativas e Municípios, um programa de pedagiamento adequado para todos, pois será para os próximos 30 anos.
O presidente da CIC VT, Ivandro Carlos Rosa, ressaltou que desde 2012 a entidade vem acompanhando os estudos e projetos para a concessão de rodovias. “Sempre fomos favoráveis à concessão, o que nos preocupa são as condições do projeto, quando temos a previsão de duplicação do trecho Lajeado – Cruzeiro do Sul só após 20 anos de concessão. Dessa forma perderemos a competitividade de muitos negócios aqui situados e podem se deslocar, no futuro, para outras regiões pela inviabilização das operações”, pondera.
Por quê?
Na avaliação das lideranças regionais, os motivos dessa rejeição maciça são:
a) o Projeto, mal elaborado, é insuficiente e não atende as necessidades em prol do desenvolvimento regional;
b) a tarifa é um absurdo, impactará a Região por 30 anos, engessando seu crescimento e diminuindo a competitividade das empresas;
c) o sistema de cobranças do pedágio previsto é arcaico, oneroso, injusto e majora a tarifa;
d) prevê um Fundo garantidor desnecessário, pernicioso, que também aumentará a tarifa
e) realizar a licitação a um mês das eleições pode ser legal, mas é imoral.