Lajeado conclui plantios de árvores em calçadas recuperadas no Centro

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As novas mudas foram plantadas em canteiros de 1x1 metro / Crédito: Laura Mallmann / Divulgação

A Prefeitura de Lajeado concluiu os plantios de árvores nas calçadas do Centro da cidade. A ação aconteceu nas Rua Bento Gonçalves, entre as ruas Saldanha Marinho e Pinheiro Machado. A obra contou com a reforma da rede de esgoto e da calçada, além do plantio de nove árvores – cinco mudas de pitangueiras, espécie nativa, e quatro de escova de garrafa, árvore exótica.

As novas mudas foram plantadas em canteiros de 1×1 metro. A engenheira florestal da Secretaria do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Sema), Sabrina Wolf, explica que estas são espécies adequadas para o local e que o crescimento não prejudicará a calçada.

As espécies plantadas podem tem entre 2,5 e 3 metros de altura. Para a realização da obra, nove árvores foram retiradas, sendo cinco da espécie pata-de-vaca-da-Índia, duas da espécie canafístula e duas palmeiras jerivá.

A engenheira esclarece que o corte e a substituição das árvores de pata-de-vaca-da-índia foi necessário devido aos conflitos com a calçada de passeio, no qual as raízes dos exemplares se estendiam pela largura da calçada, não sendo possível realizar a reforma do calçamento sem o corte de raízes. As raízes, ao levantarem as pedras da calçada, geravam riscos aos transeuntes, e houve casos de quedas de pessoas na calçada em razão do desnível das pedras.

Já as árvores de canafístula estavam comprometidas por danos causados por uma tempestade, ocorrida em fevereiro de 2021. Na ocasião, diversos galhos de diâmetros significativos quebraram e caíram sobre o telhado de um prédio lindeiro. Segundo a engenheira, a copa das duas árvores ficou pendida para a rua, aumentando as chances de quebra total em dias de ventania.

Conforme Sabrina, as duas palmeiras jerivá estavam comprometidas por ferimentos no estipe (tronco), sendo que uma delas apresentava colapso transversal, que indicava risco de quebra em caso de temporal. “Além do risco de quebra, as árvores atingiram a rede de esgoto do local, que causava vazamentos na rua. Com a reforma, todas as situações foram solucionadas. Como forma de prevenção e para resguardar a vida e o patrimônio particular, optou-se pelo corte das árvores, com o intuito de permitir condições melhores de trafegabilidade para os pedestres, pessoas com deficiências e com mobilidade reduzida”, explica.

Espaço recuperado
Com as novas árvores, novos habitantes já ocupam o espaço. Um casal de pombas-rolas já fez o seu ninho e colocou ovos em uma das árvores escova de garrafa recém-plantada. O proprietário de um dos estabelecimentos do local conta que estão cuidado dos animais e das novas árvores em frente à loja. Ele ressalta que as pombas também já tem como se alimentar: com as pitangas das novas mudas que já estão ficando maduras.

Proprietária de um estabelecimento no local, Ilair B. Klein diz que no início ficou apreensiva com a decisão da retirada das árvores antigas, mas logo conversou com quem realizava as obras no local e ficou mais tranquila ao saber que a calçada seria restaurada e outras árvores seriam replantadas no mesmo local.

“Ficou muito bonito com a reforma. No início, fiquei sentida, pois não sabia o que seria feito. Agora, está tudo lindo, com novas árvores. Os estabelecimentos são valorizados e a natureza também, pois as novas árvores vão se desenvolver ainda e deixarão todo o ambiente bonito”, pontua Ilair.

Plantio e remoção de árvores
O programa Lajeado Mais Verde objetiva promover e incentivar a arborização urbana responsável, que implica tanto o manejo adequado das plantas existentes, o que pode incluir supressão de espécies que oferecem risco, quanto o plantio de novas mudas. Como parte deste manejo adequado, pode ser necessária a poda ou mesmo a supressão de árvores. Neste caso, é necessária a autorização prévia do poder público.

Técnicos da Sema fazem a avaliação das condições da planta antes de permitir qualquer mudança na sua estrutura. Sempre que uma planta deste tipo é retirada, o responsável tem a obrigação de compensar as árvores retiradas com novos plantios, o que ajuda a manter a cobertura verde do município. Mesmo em árvores retiradas da via pública, a mesma reposição é exigida, e o poder público também é obrigado a fazer a compensação.

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