O Projeto que autorizaria o Executivo de Teutônia a contratar um financiamento de R$ 15 milhões foi rejeitado pela maioria dos vereadores. Após ser baixado 3 vezes, a matéria foi a votação nesta terça-feira (20/12). Votaram contra a matéria os vereadores Claudiomir de Souza (ub), Luias Wermann (Cidadania), Hélio Brandão (PTB), Cleudori Paniz (PSD), Evandro Biondo (MDB) e Valdir Griebeler (PSDB). Votaram a favor, Diego Tenn Pass (PDT), Neide Schwarz (PDT), Jorge Hagemann (PDT) e Márcio Vogel (MDB). O presidente Vitor Krabbe (PDT) não vota, apenas se houvesse empate, o que não ocorreu.
Os recursos seriam investidos, sobretudo, na recuperação de três vias do interior: Linha Germano, Linha São Jacó e Linha Catarina. Além de algumas ruas de acesso aos bairros no perímetro urbano.
Na tribuna, mais uma vez os vereadores defenderam seus pontos de vista. Evandro Biondo reiterou a sugestão de encaminhar recursos de sobras da Câmara para iniciar as obras e, se necessário, e se for momento mais favorável, futuramente se encaminha um outro projeto de financiamento.
Luias Wermann se pronunciou pela primeira vez sobre a pauta. Disse que buscou informações. Salientou que é preciso ter responsabilidade pois os posicionamentos dos vereadores influenciam muitas vidas, e que é preciso agir com a razão e não com a emoção. Assim, disse não julgar a necessidade, mas que o contexto não é favorável e que não se pode arriscar.
Hélio Brandão disse que com a carência de 2 anos e os juros atuais, quando a primeira prestação for paga o valor já será de R$ 19 milhões. Disse que a arrecadação do município deve diminuir, e com mais um financiamento a pagar a situação pode se complicar. Reforçou mais uma vez que é a favor de pavimentações, mas que sejam feitas com recursos próprios.
Valdir Griebeler (PSDB) disse que é contrário a financiamentos, e que é um posicionamento não apenas para esse, mas para qualquer tipo de financiamento. Ponderou, porém, que entende que não há recursos para fazer tudo, mas que pegar empréstimos sempre que for preciso não é o caminho correto.
Assim, acredita que a maneira correta de se fazer seria que a cada obra ou investimento que carecesse de financiamento, ao menos um terço do valor fosse de recursos próprios e o restante então financiado. Mas que o ideal seria ser 50% de recursos próprios, e 50% financiado.
Sobre as obras em questões, sugeriu o uso dos recursos da Câmara. Salientou que a Câmara tem direito a 7% do orçamento do município, se solicitado pelo presidente da Mesa. Para 2023 o orçamento do Município é de cerca de R$ 200 milhões. Assim, os 7% da Câmara seriam de cerca de R$ 14 milhões. Explicou que os recursos utilizados pela Câmara não passam de R$ 1,5 milhão. Sendo assim, avalia que sobrariam cerca de R$ 12 milhões. Sugeriu então que o presidente solicitasse os 7%, e a sobra fosse destinada as obras. Afirmou à comunidade que mesmo sem financiamento elas podem receber as obras.
Cleudori Paniz reforçou seu argumento contra os juros do financiamento. Afirma que fez uma simulação, e que com os juros atuais, a primeira parcela passará dos R$ 5 milhões, um terço do valor contratado. Considera que a alternativa apresentada por Valdir Griebeler é boa.
Diego Tenn Pass defendeu que apenas fazer remendos nos asfaltos ao invés da recuperação completa sairá mais caro. E ponderou sobre os riscos de perdas e prejuízos aos agricultores com veículos e equipamentos que podem ser danificados com as estradas em estado precário. Pediu desculpas a comunidade pelo projeto não ser aprovado.
Vitor Krabbe ponderou sobre o argumento dos juros. Lembrou que as parcelas dos financiamentos anteriores, um inclusive aprovado pelos colegas que hoje são contrários, estão sendo pagas hoje, com os juros elevados de hoje. Sobre o uso dos 7% de recursos da Câmara, salientou que os valores não utilizados pelo Legislativo estão indo para outras áreas como saúde e educação, e que utilizá-lo para outros fins pode acabar ocasionando falta para esta áreas.
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