Os dois primeiros dias de mutirão contra a dengue em Estrela ocorreram na segunda (13) e terça-feira (14), quando cerca de 35 servidores do Governo de Estrela visitaram residências do Bairro Pinheiros no período do fim da tarde. A ação promovida pela Secretaria de Saúde (SMS) através do setor de Vigilância Epidemiológica seguirá nesta quarta-feira (15) nas ruas que ainda não foram contempladas pelos agentes e nova programação nos próximos dias. Conforme a enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Estrela, Carmen Hentschke, atualmente a cidade ocupa o ranking de maior infestação do mosquito no Estado. Os resultados do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (Liraa) indicam que a cada 100 residências, 14,4 estão infestadas pelo mosquito.
Até a última atualização de casos, nesta terça-feira (13) já eram 30 confirmados da doença, sendo 21 deles no Bairro Pinheiros. Além disso, tem mais dois casos no Boa União, dois no Indústrias, um isolado nos bairros Cristo Rei, Centro e Moinhos, e dois no interior. Dos casos confirmados, a maioria ocorreu na semana entre os dias 6 e 13 de março. O mutirão pretende servir como um alerta grande para a comunidade, e deverá abranger outros bairros futuramente. Conforme o levantamento do município, dos locais inspecionados com armadilhas apenas dois eram em terrenos baldios. Todos os demais, em pátios particulares de residências.
“Como é o bairro com o maior número de casos, resolvemos começar pelo Pinheiros e utilizar esse horário de final da tarde, para encontrar a maioria das pessoas em casa, já que nas visitas de rotina é comum estarem fechadas. Com a autorização dos moradores, conferimos os possíveis focos do mosquito e orientamos os moradores que porventura desconhecem ainda os cuidados necessários”, afirma a coordenadora.
Um dos moradores visitados foi Loreno Wathier, que reside no Pinheiros junto com sua esposa. Ele considera importante os moradores receberem os agentes para a orientação. “Penso que esse trabalho é necessário porque, mesmo eu, acostumado a limpar e evitar os focos do mosquito, posso fazer algo errado. Sempre é bom receber orientações corretas. É pela nossa vida”, afirma Wathier.
A enfermeira Carmem salienta que os moradores até têm se mostrado receptivos para com os profissionais, porém nas visitas seguintes geralmente se encontram os mesmos problemas. “Estamos reforçando a fiscalização. Já entramos em todas as casas, porém poucos dias depois quando retornamos, registram-se os mesmos perigos e incidências.”