Fórum Free Flow debate futuro das rodovias no Vale do Taquari

Evento contou com dezenas de pessoas, incluindo moradores das proximidades dos trechos pedagiados.

560
Créditos: Camille Lenz da Silva

Com a abertura das conversas sobre a modelagem de cobrança sem praça física de pedágio, conhecida como sistema Free Flow, junto ao Governo do Estado, a comunidade do Vale do Taquari está se mobilizando sobre o tema.

Um dos movimentos de discussão abertos ao público ocorreu no fim da tarde desta quinta-feira (18/5), com o Fórum Free Flow: O modelo para o desenvolvimento. O evento foi realizado na Univates, uma das apoiadoras do evento junto das Associações dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), do Alto Taquari (Amat) e dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat).

Com a mediação dos presidentes da Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC VT), Ivandro Carlos Rosa, e do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Luciano Moresco, abordaram o tema os painelistas:

  • Adelar Steffler, presidente da Valelog, da Redetransportes e da Central Gaúcha de Cargas e Passageiros;
  • Fernando Feitosa, gerente de Regulação Rodoviária da Agência Nacional de Transportes Terrestes (ANTT);
  • Rodrigo Lacerda, coordenador de Estudos e Inovações da ANTT;
  • Paulo Ziegler, diretor de Infraestrutura da Federação das Empresas de Logística e de Transportes de Cargas do RS (Sistema Fetransul);
  • Odair Gonçalves, representante da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs);
  • Carlo Andrey Gonçalves, coordenador do Comitê Técnico da Associação Brasileira das Empresas de Pagamento Automático para Mobilidade (Abepam).

Interesse regional

Os participantes concordaram que o assunto tem relevância regional. Conforme Steffler, hoje a maior dificuldade diz respeito à locomoção e logística. “Precisamos de uma revolução nos pedágios”, reforçou.

Lacerda trouxe explanações didáticas sobre a metodologia do Free Flow, apresentando diversas alternativas de forma que o resultado final fosse viável para todos. “O pedágio é um rateio, que hoje é vantajoso para uns e prejudicial para outros.”

Ziegler apresentou dados atuais da situação dos pedágios e metodologias usadas nas rodovias do país. “Mais de 50% da arrecadação dos pedágios ocorre por livre passagem”, pontuou.

Já Feitosa trouxe sua experiência como coordenador da implantação do Free Flow na BR-101, entre Ubatuba e o Rio de Janeiro. “O objetivo da agência reguladora é melhorar a vida do usuário, e novas tecnologias vêm para melhorar esse serviço”, comentou.

Odair Gonçalves explanou sobre os parâmetros técnicos a serem considerados nos estudos de implantação do pedágio.

Por fim, Carlo Gonçalves enfatizou o incentivo do uso de etiquetas com chips (transponders), a exemplo dos que já existem nas praças com pagamento automático. “Os sistemas de incentivo no Brasil (DUF e DBT) ainda são muito fracos em comparação com outros países, o que dificulta a adesão ao sistema automático de pagamento”, pontuou.

Segundo Ivandro Carlos Rosa, presidente da CIC VT, o assunto é de interesse regional, afetando o desenvolvimento do Vale como um todo. “Precisamos de soluções mais eficientes do que as que nos deram até aqui. Estamos há 25 anos sem investimentos nas nossas estradas, e isso afeta o dia a dia das comunidades que interagem com as rodovias”, pontuou.

Mais detalhes sobre o seminário técnico Free Flow: o modelo para o desenvolvimento poderão ser conferidos na edição impressa do jornal Folha Popular deste sábado, 20 de maio.

- publicidade -