O Grupo Popular de Comunicação realizou nesta quarta-feira (24/5) o 1º Fórum Coopop. O evento reuniu cerca de 150 pessoas para debater e fomentar o cooperativismo e associativismo.
Na abertura do evento, o presidente da CIC Vale do Taquari, Ivandro Carlos Rosa, destacou a importância do associativismo para o desenvolvimento da região que, mesmo pequena, se destaca no estado. Conforme ele, uma herança dos antepassados. “Chegamos até aqui pela força do associativismo”, declara. Hoje, ele avalia que são outros desafios, mas que as bases associativistas seguem sendo uma força para a região.
O evento ocorreu no dia que Teutônia completa 42 anos. O prefeito do município, Celso Aloísio Forneck, considera que o cooperativismo e associativismo estão no DNA de Teutônia. “O princípio de cooperação, de unir forças, fazer em conjunto faz com que Teutônia cresça e desenvolva tanto. Dá certo porque tem cidadãos que buscam na cooperação e junção de forças uma economia pujante”, reforça.
O diretor de jornalismo do Grupo Popular e coordenador do projeto Coopop, Lucas Leandro Brune, fez uma retomada da história do cooperativismo e do projeto Coopop. “O projeto Coopop chega para promover reflexões, geminar movimentos e transformar a comunidade. Sempre com característica participativa”, explica.
Segundo ele, o objetivo é difundir a cultura associativa e cooperativista. “O momento atual torna ainda mais relevante para mostrar boas ações no cooperativismo e associativismo. É nos momentos difíceis que a cooperação deve se sobressair, evitar que fatos isolados descontruam uma imagem que levou décadas para ser alicerçada”, considera.
O diretor do Grupo Popular, Sílvio Brune, destacou que apesar dos acontecimentos “seguimos acreditando no cooperativismo”. “Não é porque estamos diante de um cenário específico que vamos desistir da bandeira do cooperativismo e associativismo, pelo contrário, vamos acreditar porque queremos manter”, pontua.
Painel
O primeiro momento do evento foi um painel sobre cooperativismo e associativismo. Os convidados foram a ex-presidente da Federasul e presidente do Conselho Estadual da Mulher Empresária, Simone Leite, e o gerente de Relações Institucionais e Sindicais do Sistema Ocergs, Tarcisio Minetto.
Eles debateram as questões pertinentes aos dois modelos, fazendo avaliações e apontando caminhos. Simone Leite se disse entusiasta do associativismo. “É de suma importância estarmos aqui discutindo e refletindo sobre este tema”, avalia. Ela reforçou que o Vale do Taquari se destaca dentro do cenário econômico do estado devido a esta cultura. “Ando pelo estado e percebo a diferença de cultura quando se percebe desenvolvimento econômico e social, que são muito diferentes a partir deste engajamento e trabalho”, pondera.
Ela acredita que se houvesse esse modelo em outras regiões, sairíamos de um patamar de estagnação para outro de desenvolvimento. “Por meio do associativismo consegui fazer transformações na minha localidade e no estado”, conta.
Minetto aponta que dentro do cooperativismo, para que não haja erro, é preciso seguir os sete princípios do modelo, além da transparência, do regimento e do estatuto. “O propósito é fortalecer, seguindo princípios e tendo essa capacidade de transparência e análise, é fundamental dentro deste contexto, é algo que o cooperativismo tem desde seus primórdios”, salienta. Ele admite que há dificuldades, por vezes, questões de crise e setoriais, mas que isso ocorre em todos os modelos, não apenas no cooperativismo.
Simone ainda apontou a necessidade de profissionalização das cooperativas, pois atuam como empresas. “Buscar o que tem de melhor no mercado para manter a empresa viva, questão de profissionalizar é fundamental, buscar pessoas competentes para fazer gestão”, sugere.
Eles também apontaram caminhos para atrair e engajar a nova geração no associativismo e cooperativismo. Simone acredita que é necessário mostrar aos jovens os benefícios dos modelos. “Dando ferramentas para que eles possam encontrar respaldo para os negócios, entendendo que o cooperativismo pode trazer benefícios reais para vida e futuro, e mostrar para o jovem que é necessário estar engajado”, aponta.
Minetto diz que o primeiro passo é entender qual é o mundo destes jovens. “Entender este momento e esta geração, e como podemos fazer essa integração”, reforça.
O segundo ponto que ele salienta é que os jovens só vão se engajar vendo os ganhos, benefícios e diferenciais do cooperativismo e associativismo. “Temos que trazer os jovens para dentro, buscando integração no processo. No cooperativismo temos um diferencial para sair na frente de outros modelos”, pontua.
O Fórum Coopop foi uma realização do Grupo Popular de Comunicação, e contou com a parceria das cooperativas Certel, Sicredi Ouro Branco e Sicoob São Miguel, além de Reinigend Química e CIC Teutônia.