As medidas para restruturação da Cooperativa Languiru estiveram em pauta na assembleia geral ordinária da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), que ocorreu na manhã desta quinta-feira (1º/6) na sede da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Teutônia. Eles explanaram aos prefeitos da região sobre a situação da Languiru.
“Se nada acontecer até o dia 10 de junho, a Languiru parará por completo. Não conseguiremos mais manter o mínimo necessário para operar”, citou Birck.
Estratégias
Ambos os atuais administradores da Languiru citaram atualizações sobre a descontinuidade de negócios que drenam recursos e manutenção dos que apresentem resultado operacional positivo.
- Agrocenter Máquinas: venda em negociação avançada com empresário do Vale do Taquari. Este deverá comprar todo o estoque de máquinas e peças, bem como do prédio;
- Postos de combustíveis do Bairro Languiru, em Teutônia, e em Westfália: em busca de interessados para a venda do negócio, tendo em vista que os pontos são alugados. Há dois interessados;
- Farmácias: venda em negociação – quatro interessados, dentre os quais o HOB;
- Frigorífico de bovinos: venda deve ser fechada com empresário do Vale do Taquari na tarde desta quinta-feira;
- Agrocenters: dos 13 empreendimentos, serão fechados cinco (Estrela, São Lourenço, Rio Pardo, Venâncio Aires e Lajeado). Cinco lojas funcionarão dentro de mercados. Será mantida apenas uma loja exclusiva Agrocenter no Bairro Languiru, em Teutônia;
- Mercados – foco na venda de duas lojas com resultado negativo: do Bairro Alesgut e do Shopping Lajeado, este com pelo menos três interessados. Manutenção de oito lojas que apresentam resultado positivo, otimizadas através da fusão com agrocenters.
“Situação inviabilizará muitos municípios”
Após a atualização de informações, o prefeito de Colinas, Sandro Herrmann, apresentou um levantamento de possíveis perdas de arrecadação aos municípios do Vale do Taquari ainda em 2024, caso a cooperativa encerre suas atividades. As informações foram montadas em cima de dados de 2021 e 2022.
Segundo Herrmann, a Languiru representa hoje, de forma direta e indireta, quase 15% de toda movimentação de ICMS do Vale do Taquari. Isso poderia representar perda de R$ 70 milhões. “Alguns municípios serão mais afetados que outros em volume de valor arrecadado, e Colinas está nesse grupo. Caso a empresa feche, poderíamos perder ao menos 45% do ICMS”, alerta.
Na atividade leiteira, a cooperativa representa R$ 11,190 milhões em retorno para o Vale do Taquari. A atividade comercial, R$ 7 milhões. “Já as duas principais atividades – setor de suínos e de frangos porderiam ocasionar perda de retorno em ICMS de R$ 40 milhões para 2024”, pontuou Sandro.
“Sugiro que pensemos em decretar situação de calamidade econômica”, alertou o chefe do Executivo colinense, que foi amparado pelos demais prefeitos.
*Mais detalhes na edição de sábado (3/6) do jornal Folha Popular*
Situação de retorno complicado, perda de continuidade nas exportações de frangos, abrir o mercado para tradings trabalhar o mercado por um período maior, podendo ter adiantamento nos negócios.
Me coloco na posição de funcionário em pelo menos 26 anos de trabalho direto para a Cooperativa Languiru e estou muito, mas muito preocupado com a citação dos associados assim como a categoria de funcionários como eu. Em se tratando dos funcionários lastimo que não haverá colocação para todos no mercado de trabalho caso haja o encerramento total das atividades da cooperativa (Fato que já está acontecendo na medida em que se encerram as atividades de certas unidades). Devemos nos mobilizar e apoiar a administração atual, que, com certeza, está se mobilizando para que nada de pior possa vir. Devemos ser humildes e pensar no coletivo e salvar nossa cooperativa pois considero um símbolo, onde um dia já foi até de exemplo de modernidade em se tratando em tecnologia em processamento de dados.