Na tarde desta quarta-feira (30/8), uma comitiva do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) esteve na Empresa Pública de Logística Estrela (E-log) para falar sobre a hidrovia do Rio Taquari. Na oportunidade, a empresa CHD Cartografia, contratada pelo departamento, apresentou levantamentos da navegabilidade do rio. A aprovação é necessária
Segundo Erick Moura de Medeiros, diretor de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, desde a última vez em que esteve em Estrela, em 2017, já houve mudanças significativas no Porto de Estrela. “Temos aqui boas oportunidades, com esse grande exemplo de intermodalidade para todo o país. Já estivemos em conversa com o vice-governador e o Estado está no nosso radar. Esta é a primeira vez que existe um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as hidrovias, o que o investimento neste modal é um programa do Governo Federal. Faremos o maior esforço para empenhar todos os recursos ainda este ano para que o Vale do Taquari e o RS sejam beneficiados”, disse, se colocando à disposição para convênios e estudos.
O diretor da CHD, Gilberto Loureiro Mácola, explicou que Estrela é o ponto de início da hidrovia do Mercosul, e que deve ressurgir de forma total e plena. “São quase 63 mil quilômetros de rios e lagos, com 12 bacias hidrográficas e 42 mil quilômetros de rios potencialmente navegáveis. Atualmente, somente 20 mil são utilizados economicamente”, situou, enfatizando que o rio Taquari possui navegabilidade em cerca de 90% do ano.
O contrato da empresa com o Dnit é válido para os próximos cinco anos, e engloba um percurso de 84 quilômetros – de Estrela a São Jerônimo. A CHD já atuava anteriormente na manutenção da hidrovia, e um dos objetivos para o próximo contrato é a confecção de uma carta náutica, que deve ser aprovada pela Marinha do Brasil, para então avaliar os tipos de comboios que podem circular na hidrovia, que vai de Estrela até o rio Jacuí. “A primeira etapa é um estudo de viabilidade, para saber o que se quer, o que se pretende e o que se tem na atual hidrovia”, esclareceu.
O Dnit estima que em até três anos seja possível completar os trâmites para saber quais os tipos de embarcações que podem circular no rio, que hoje já é 90% navegável. Segundo o grupo presente, as partes críticas para a navegação envolvem 20 quilômetros desde Bom Retiro do Sul a Volta dos Freitas e o encontro do rio com o Arroio Boa Vista, em Estrela.
Para a presidente da E-log, Elaine Strehl, o Governo Federal está se mostrando aberto para permitir todas as obras e o que for possível dentro do âmbito federal. “Na realidade, todo esse encontro e o que está acontecendo hoje aqui é fruto de um trabalho iniciado com a constituição da E-log. Então, estamos há um ano e três meses trabalhando para que tudo isso esteja acontecendo. Então, nós estamos avançando de forma cautelosa, com o auxílio do Governo do Estado e também do Governo Federal. A E-Log está conseguindo esse espaço e é para isso que ela foi constituída. Espero que consigamos avançar junto aos demais órgãos e trabalhar para que a região consiga se desenvolver através deste modal”, disse.