Brasil sai da condição de país endêmico para o sarampo

Último caso foi confirmado em junho de 2022 no Amapá.

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Crédito: Jerônimo Gonzalez / MS

Passadas 74 semanas sem confirmação de novas ocorrências, o Brasil obteve a elevação de status de “país endêmico” para “país pendente de reverificação” do sarampo. A mudança foi anunciada durante a Terceira Reunião Anual da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola (SR) e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), promovida pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) entre os dias 13 e 17 de novembro, em Brasília.

Desde 2020, o país apresenta queda no número de casos de sarampo com 20.901 registros em 2019, 8.100 em 2020, 670 em 2021 e 41 em 2022. O último caso foi confirmado em junho de 2022 no Amapá.

O Ministério da Saúde realiza ações conjuntas com estados e municípios para interromper a circulação do vírus do sarampo nos quatro estados com maior transmissão em 2022: Amapá, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. Somente em 2023, foram investidos R$ 724,1 milhões em ações de vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, capacitações e imunização, com estratégias de microplanejamento e multivacinação.

A nova condição permite que o Brasil inicie o processo de recertificação de país livre de sarampo. O intenso fluxo migratório de países vizinhos associado às baixas coberturas vacinais em vários municípios em 2018 permitiu a reintrodução do vírus da doença no país. O Brasil havia recebido a certificação de país livre da doença em 2016.

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