Na terça-feira (21/11) as cooperativas Languiru e Agropan, de Tupanciretã, assinaram o distrato de aquisição de instalações na área portuária do município de Estrela. O investimento previsto até novembro de 2029 era de mais de R$ 40 milhões.
Com isso, a Languiru redireciona toda sua capacidade de armazenamento de grãos às instalações próprias de silos na Fábrica de Rações, também no município de Estrela, e no Bairro Alesgut, em Teutônia.
Segundo o liquidante da Languiru, Paulo Roberto Birck, havia incerteza sobre a capacidade de manter estrutura desse porte para as necessidades atuais da cooperativa. “O distrato foi uma decisão em comum acordo, deixamos de ter esse compromisso. Além da questão financeira, o fato das instalações terem sido afetadas pelas duas últimas grandes cheias do Rio Taquari também foi decisivo para esse encaminhamento. A direção da Agropan foi solidária e parceira nesse momento. A Languiru não teria a condição e a justificativa para efetivar a compra desse espaço”, explica. O distrato não gerou novos custos ou multas à Languiru.
Retrospectiva
A Languiru anunciou investimento na área portuária de Estrela em novembro de 2022, por ocasião das comemorações de 67 anos da cooperativa. O desenlace da fita inaugural da estrutura para recebimento, processamento, limpeza, secagem, armazenamento e expedição de grãos, especialmente milho e soja, contou com a participação de lideranças políticas, associados e convidados.
A infraestrutura conta com dez silos verticais metálicos com capacidade para três mil toneladas cada, e mais um armazém graneleiro, com capacidade para 30 mil toneladas de grãos, totalizando 60 mil toneladas de capacidade estática, dois secadores de grãos, duas moegas, uma delas com tombador para caminhão bitrem, balança rodoviária e prédios anexos.
O complexo portuário de Estrela foi construído na década de 1970. Pertenceu a diferentes grupos empresariais e também passou por períodos de inatividade.