A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (11/4) o seu sétimo levantamento da safra de grãos 2023/24. O Brasil deve produzir 294,1 milhões de toneladas, numa área total de 78,53 milhões de hectares. Isso representa uma queda de 8% ou 25,7 milhões abaixo do volume obtido na safra passada. A quebra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño.
Na contramão nacional, o Rio Grande do Sul apresenta um cenário de aumento de produção em todas as principais culturas, com previsão de colher 40,09 milhões de toneladas de grãos, uma alta de 45,3% em relação à safra 2022/23, quando foram produzidas 27,58 milhões de toneladas. Já a área total destinada ao plantio no estado teve elevação de 0,4%, chegando a 10,34 milhões de hectares.
“Após duas safras consecutivas de perdas na produção de algumas das principais culturas no estado, as condições da safra atual têm sido significativamente melhores e devem fazer com que a produção, em especial de soja, milho e feijão, retorne a patamares dentro da normalidade”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto.
A Companhia estima a produção de 21,89 milhões de toneladas de soja, 68,1% a mais do que na safra passada. “Essa recuperação coloca o estado na posição de segundo maior produtor do grão no país, ficando atrás apenas do Mato Grosso”, afirma Pretto. A área total plantada com a leguminosa no RS é de 6,67 milhões de hectares, uma alta de 1,8%.
De acordo com Marcio Schorr, gerente de Desenvolvimento e Suporte Estratégico da Superintendência Regional da Conab no RS, a soja deve ter a produtividade retornando a valores muito próximos da média dos melhores anos, e, impulsionada pelo aumento de área, deve registrar a maior produção total da série histórica.
O estado gaúcho também deve colher 5,13 milhões de toneladas de milho; 4,38 milhões de toneladas de trigo; 7,47 milhões de toneladas de arroz e 77,8 mil toneladas de feijão. Quando comparadas com os resultados obtidos na safra anterior, as altas na produção são, respectivamente, de 37,5%, 51,1%, 7,8% e 10%.
No que diz respeito ao tamanho das lavouras, a Conab projeta aumento de 4,4% na área plantada com arroz, chegando a 900,6 mil hectares e de 1,9% na área com feijão, atingindo 48,5 mil hectares. Mesmo apresentando aumento nas estimativas de produção, a área com milho teve queda de 2%, totalizando 814,9 mil hectares, e a área com trigo caiu 6,5%, registrando 1,4 milhões de hectares.