Setor leiteiro enfrenta dificuldades de acesso e 40% da produção está comprometida

A situação afeta principalmente as regiões dos vales do Taquari, do Rio Pardo, do Sinos e da Serra.

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Crédito: Divulgação

O escoamento de pelo menos 40% da produção leiteira do Rio Grande do Sul foi comprometido pelo isolamento ide propriedades rurais gaúchas, em razão dos estragos provocados por chuvas e enchentes. O número foi informado pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando). De acordo com a associação, a situação afeta principalmente as regiões dos vales do Taquari, do Rio Pardo, do Sinos e da Serra.
Além de não conseguir dar vazão à produção para as indústrias, os empreendedores rurais não recebem grãos para preparo de ração e de combustível para acionar geradores de eletricidade, necessários para mitigar os efeitos da falta de fornecimento de energia.

Os dados são do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat RS), que representa as maiores empresas do setor, como Santa Clara e Languirú, e que estão deixando de receber, diariamente, três milhões de litros de leite. “Ainda não temos as informações da Apil”, diz, referindo-se à Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios.

A associação comemora a autorização obtida junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para que o leite possa ser recolhido nas propriedades por qualquer empresa do setor que tenha acesso ao local, não apenas por aquela na qual o produtor está cadastrado.

As indústrias de laticínios aguardam a decisão do Mapa sobre a possibilidade de compartilharem embalagens, pois algumas delas, sem acesso rodoviário, não estão recebendo o material. A associação afirma que não há risco desabastecimento do produto no Estado, pois o Rs consome apenas 40% do que produz. 

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