O Rio Grande do Sul deve registrar mais de 50% de perdas na safra de laranja, bergamota e limão deste ano devido à tragédia climática. A estimativa foi divulgada na quarta-feira, 22 de maio pelo diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Luis Bohn. Segundo ele, a citricultura foi uma das mais afetadas com queda de frutas e desfolhamento.
O coordenador da Câmara Setorial e presidente da Associação Montenegrina de Fruticultores, Pedro Wollmann, aponta que os problemas em consequência da calamidade climática são de diferentes gravidades no Vale do Caí. Cerca de 80% dos citricultores foram atingidos diretamente e tiveram perda total ou parcial.
Um dos maiores problemas está na produção dos citros precoces. A alta umidade acarretou perda de 70% nas bergamotas Caí e Ponkan. Já as variedades tardias apresentam rachaduras e doenças fúngicas. Também foram verificadas perdas em Bento Gonçalves e Veranópolis.
Antes das enchentes, já havia a previsão de quebra de 40% sobre as 268 mil toneladas de laranja devido às grande perdas de flores dos pomares durante as chuvas da primavera de 2023. A cultura é realizada em 14,5 mil hectares, sendo 3,95 mil hectares somente nos Vales do Caí e Taquari. Já a projeção para a safra de bergamotas era de 164,5 mil toneladas, sendo 122 mil toneladas dos Vales do Caí e Taquari. A região também reponde por 80% das 18 mil toneladas de limão produzidas anualmente pelo RS.
Fonte: Correio do Povo